O cantor Raul Seixas,lá nos anos 70, já dizia que preferia ser "uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo". Eu também faço parte desse clubinho que adora mudar de idéia de vez em quando (até já entrei e saí da comunidade: "Metamorfose Ambulante" umas duas vezes!)
Detesto essa história de existir só uma verdade, uma única alternativa.Ou você toma sorvete de morango ou de chocolate.Por que não dá pra experimentar os dois? Ou só se veste como uma roqueira ou só como surfista? Por que não usar o que quero e quando tenho vontade?
O medo do que os outros vão pensar é o que normalmente obriga a gente a deixar de fazer o que dá na telha. Quer só um exemplo? Veja a história daquela menina da sua classe,que ficava quietinha num canto. Ela foi zoada e ignorada por todo mundo durante um bom tempo. Até que, um belo dia, você resolveu deixar aquela velha opinião de lado e encarar a tal garota. Logo na primeira conversa, descobriu que ela gostava dos mesmos filmes que você e, ainda por cima, ia ao mesmo cabeleireiro!Além disso, conhecia uns sites ótimos de poesia e era bem-humorada. Papo vai, papo vem, a menina passou de bicho do mato à pessoa mais gente fina e divertida da sua classe. Viu só? Se você tivesse medo do que a galera iria pensar, perderia a chance de ter uma amizade verdadeira. Coisa rara.
Estar aberta a mudar de idéia faz bem pra alma, dá uma liberdade incrível. Não é porque desde pequena diz que quer ser advogada que vai ser forçada a ser tornar uma, não é mesmo? Afinal, você pode se dar conta, no último ano do colégio, que adoraria ser professora de educação física ou dentista. E o que a impede de mudar o rumo?
O mesmo vale para os seus gostos. Eu, por exemplo, passei a vida toda dizendo que detestava o som da Janis Joplin. Tinha ouvido uma única música, achei que ela gritava demais, sei lá. Até o dia em que uma grande amiga me indicou outras músicas da cantora e pediu para eu prestar atenção nas letras. E não é que hoje sou superfã. Depois que descobri que tinha essa capacidade, comecei a mudar minha maneira de ver músicos, comidas, lugares, roupas que, até então, não curtia muito. Posso dizer que minha lista de opções aumentou bastante.
Não há nada de errado em mudar de idéia. Isso não é sinal de que você é uma maria-vai-com-as-outras ou como queira chamar. Apenas mostra que está antenada e que a sua vida não se resume a um ponto final. As reticências são bem melhores...nada precisa ser definitivo.
O mundo é muito maior do que parece. É cheio de alternativas, de caminhos, de feios que podem ser bonitos e de bonitos que podem ser feios. Fica aí a fica a dica: tente abrir a cabeça e bancar a metamorfose ambulante de vez em quando. Descubra novos sabores, novos sons, novas pessoas. Você só tem a ganhar.
.Esse texto não é um texto de minha autoria. Na verdade é o texto da jornalista Veridiana Mercatelli, que escreve uma coluna da Atrevida na seção "Voando Alto".
Sou muito fã dela,ela escreve muito bem.Na verdade, são pessoas como ela que me inspiram a ser o que eu sempre quis ser de verdade.
Beijos. Obrigado pelos comentários! (Aleluiaa!)
Detesto essa história de existir só uma verdade, uma única alternativa.Ou você toma sorvete de morango ou de chocolate.Por que não dá pra experimentar os dois? Ou só se veste como uma roqueira ou só como surfista? Por que não usar o que quero e quando tenho vontade?
O medo do que os outros vão pensar é o que normalmente obriga a gente a deixar de fazer o que dá na telha. Quer só um exemplo? Veja a história daquela menina da sua classe,que ficava quietinha num canto. Ela foi zoada e ignorada por todo mundo durante um bom tempo. Até que, um belo dia, você resolveu deixar aquela velha opinião de lado e encarar a tal garota. Logo na primeira conversa, descobriu que ela gostava dos mesmos filmes que você e, ainda por cima, ia ao mesmo cabeleireiro!Além disso, conhecia uns sites ótimos de poesia e era bem-humorada. Papo vai, papo vem, a menina passou de bicho do mato à pessoa mais gente fina e divertida da sua classe. Viu só? Se você tivesse medo do que a galera iria pensar, perderia a chance de ter uma amizade verdadeira. Coisa rara.
Estar aberta a mudar de idéia faz bem pra alma, dá uma liberdade incrível. Não é porque desde pequena diz que quer ser advogada que vai ser forçada a ser tornar uma, não é mesmo? Afinal, você pode se dar conta, no último ano do colégio, que adoraria ser professora de educação física ou dentista. E o que a impede de mudar o rumo?
O mesmo vale para os seus gostos. Eu, por exemplo, passei a vida toda dizendo que detestava o som da Janis Joplin. Tinha ouvido uma única música, achei que ela gritava demais, sei lá. Até o dia em que uma grande amiga me indicou outras músicas da cantora e pediu para eu prestar atenção nas letras. E não é que hoje sou superfã. Depois que descobri que tinha essa capacidade, comecei a mudar minha maneira de ver músicos, comidas, lugares, roupas que, até então, não curtia muito. Posso dizer que minha lista de opções aumentou bastante.
Não há nada de errado em mudar de idéia. Isso não é sinal de que você é uma maria-vai-com-as-outras ou como queira chamar. Apenas mostra que está antenada e que a sua vida não se resume a um ponto final. As reticências são bem melhores...nada precisa ser definitivo.
O mundo é muito maior do que parece. É cheio de alternativas, de caminhos, de feios que podem ser bonitos e de bonitos que podem ser feios. Fica aí a fica a dica: tente abrir a cabeça e bancar a metamorfose ambulante de vez em quando. Descubra novos sabores, novos sons, novas pessoas. Você só tem a ganhar.
.Esse texto não é um texto de minha autoria. Na verdade é o texto da jornalista Veridiana Mercatelli, que escreve uma coluna da Atrevida na seção "Voando Alto".
Sou muito fã dela,ela escreve muito bem.Na verdade, são pessoas como ela que me inspiram a ser o que eu sempre quis ser de verdade.
Beijos. Obrigado pelos comentários! (Aleluiaa!)