domingo, 28 de março de 2010

E quando você é um novato no coral...

"...De repente, um montão de lembranças me veio à cabeça. Algumas, de certa forma, boas...Outras, não ruins, apenas episódios singelos da minha total invisibilidade daquele tempo. Minhas amizades que pareciam ser pra sempre naquele tempo, não passavam de rostos estranhos.
E aqui estou eu, deslocada. Como se eu nunca tivesse pertencido à esse lugar de fato. Nada aqui é o mesmo, afinal.
O que eu estou fazendo aqui? Testando minha fé? Não, eu não precisaria. Eu estava é tentando uma aproximação com Deus. Estou, aliás. Me prender a "isso" não me parece a melhor forma. Parecia há uma semana atrás, mas não agora..."

P.S: escrito numa folha de envelope enquanto me corroía de nervosismo.

terça-feira, 23 de março de 2010

Trilha sonora de uma vida

"I was Broken" é definitivamente a minha música de pós-fracasso. Eu sei que tenho uma mega queda por Robert Pattinson e esse foi o único motivo que me fez baixar uma de suas músicas 'não-tão-boas' pros outros (será possível que ninguém mais pode gostar de músicas lentas nesse pedaço de mundo onde eu vivo?!). Mas eu percebi que essa foi o tipo de música que algum dia eu poderia mesmo dizer que era como se fosse feita pra mim. Ou pelo menos eu esperava dizer, porque no meu plano de 'Decolar geral', I was Broken seria a música perfeita pra definir a minha fase pós-foça da vida e de mim mesma.
Pra falar a verdade, depois de "How to be", acho que Robert fez essa música justamente por causa de seu personagem super-gracinha-e-mau-amado Art. Vivendo na sociedade crítica que vivemos, tenho que mostrar o meu lado também crítico sobre o filme. Pra começar, chamá-lo de comédia é meio exagerado. "How to be" é o tipo de filme parado que algumas pessoas (muitas, talvez) não vá gostar (a não ser que seja fã do Pattinson). Na minha opinião, não foi o melhor filme já feito de modo algum, mas é bom. Mostra que Robert não é só mais um rostinho bonito, sensação de Twilight. Ele realmente sabe atuar.
Tudo bem, talvez eu seja suspeita por causa do fato de eu amar esse cara, mas...Whatever. Aparentemente, gosto de músicas e filmes que a maioria das pessoas que conheço não gostam. É estranho, mas eu amo isso. Odeio me sentir presa em rótulos e modinhas. Senão, por qual motivo meu irmão, depois de assistir meia hora do filme comigo, olhou pra minha cara e soltou: "Você não tá gostando desse filme, tá?".
Quer saber? Esse gosto super diferente me fez bem nos últimos tempos. Quer dizer, eu não fui contaminada pela febre do "Créu" e muito menos a do "Rebolatioon", o que, por sinal, é muito bom. Afinal, "I was broken" define minha vida melhor do que "Bota a mão na cabeça que vai começar!! O rebolatiooon, o rebolatioon!".

'Eu estive quebrado por um longo tempo, mas agora acabou'.


P.S: Quem foi a anta que inventou o rebolation?!

Ouvindo: I'll be your love, too - R. Pattz

domingo, 21 de março de 2010

Há certas horas...

Há certas horas, em que não precisamos de um Amor
Não precisamos da paixão desmedida
Não queremos beijo na boca
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro,
o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar,
que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente,
a brincar com a gente, a nos fazer sorrir

Alguém que ria de nossas piadas sem graça
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo
Que nos teça elogios sem fim
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável
Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado
Alguém que nos possa dizer:
“Acho que você está errado, mas estou do seu lado...”
Ou alguém que apenas diga:
Sou seu amor! E estou Aqui!

William shakespeare

domingo, 14 de março de 2010

Pressure

Você não odeia toda essa pressão? A pressão que o mundo nos põe, nos dando a ideia de como temos que seguir nossa vida, traçando um rumo todo robotizado sobre como devemos nos imaginar daqui há 10 anos. E você passa sua vida planejando seu futuro e imaginando como vai ser e como deve ser. Quer dizer, você nem pensa em coisas do tipo: “Bom, eu vou terminar a escola e depois? Ah, eu vejo como arranjo dinheiro”. Não, porque você se acostumou a sonhar com coisas difíceis e coloca na sua cabeça que vai conseguir aquilo, mas e depois? E se você não conseguir? Não dizemos isso, só pensamos, porque as pessoas vão lançar aquele papo de “Não seja pessimista”, mas não é pessimismo, é a realidade.
Eu acredito que o que queremos se deve a um fator que nos faça merecer aquilo, mas fala sério, se tudo sempre fosse assim não haveria fome, nem guerras, nem descriminação por aí. É tão fácil imaginar e dizer: “Ei, força de vontade é tudo!” ou talvez “Quer saber? Eu quero e vou conseguir!”. Acredite, é fácil demais, mas o que quero dizer é que o mundo não é aquela máquina de oportunidades que pensamos, ou que eles querem que pensamos. É só uma espécie de complô que tem como lema “Só os fortes sobrevivem!”. Até que é meio compreensível se isso fosse encarado como algo emocional ou como até mesmo a tal força de vontade, mas não é justo, não por isso, mas porque a verdade é que a definição de “fortes” que implantaram tem a ver com o poder, ou seja, dinheiro. Quanto mais dinheiro, mais rico, quanto mais rico, mais poderoso. E daí todos nós nos perguntamos o que fazer com tanto poder e a resposta é isso que nós vemos: O dinheiro corroendo as pessoas e as consumindo, transformando pessoas que deveriam ser irmãs em inimigas umas das outras.
E aí o jovem é visto como a “salvação” de todo esse “poder mal usado”. Somos o futuro, somos isso, somos aquilo, “vamos mudar o mundo”. Meus amigos, não é o mundo que precisa de mudanças, são as pessoas. Sério, já pararam pra pensar nisso? De que adianta lutar pelo meio ambiente ou lutar pela paz sem tentar mudar a sociedade? Eu mesma, por exemplo, quando trabalhava de empacotadora em um mercado, via pessoas tentando mudar o mundo, combatendo o aquecimento global, gerando ‘sustentabilidade’ para o futuro, mas por fora tratavam as pessoas de um jeito egoísta, fútil, com um sentimento de superioridade. E o que salvava tudo isso podia ser um simples “Obrigado” ou talvez a ausência de um olhar de superioridade para com os outros, afinal, devíamos ser todos irmãos! Estamos no mesmo barco.
É idiota demais defender a tese de que alguns de nós são melhores que outros. Todos somos racionais, certo? E mesmo assim cometemos erros, e acredite, erramos muito, erramos pra caramba! E depois vêem me dizer que fulano é melhor que cicrano (meu Deus, desenterrei fulano e cicrano)? Me poupe. É tudo uma questão de “Oportunidade”.
Tudo bem, o governo tenta acabar com a diferença social (não tanto quanto poderia), mas ela ainda existe e é bem grande. Ele tenta lançar mais oportunidades às pessoas, mas ainda sim falta muito.
E de repente, você se pega pensando no seu futuro e no futuro dessa sociedade “problemática” em que estamos vivendo, e talvez, alguns de nós guardem uma fé dentro de si e uma capacidade de mudar, não o mundo, mas sim as pessoas.
Se adaptar ao caos é uma escolha ruim, decidir viver no meio desse caos é uma escolha péssima, mas se decidir viver no meio do caos, lutando para mudar as pessoas com o melhor que elas têm e preocupando-se com o bem estar do próximo e não só consigo mesmo, bom, aí sim vamos estar vivendo fazendo algo que vale a pena.
E então...Já pode sentir a pressão indo embora?

“Não peço que os tires do mundo, mas que os livre do mal. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo” (Jo 17,15´16).




sábado, 6 de março de 2010

Seja idiota!

Como já dizia o filósofo em um texto que li: "Ser idiota é vital para a felicidade". Mas por quê?!
Sabe, eu particulamente acho que todos os problemas do dia a dia geram muita seriedade, uma rotina exaustiva e, consequentemente, um tanto de infelicidade. A idiotice que eu e o tal filósofo falamos é a "idiotice saudável". Quem consegue viver sem uma piadinha?!
Pô, é tão chato estar do lado de alguém que é sensato em tudo. "Tudo tem uma teoria", "cada um tem aquilo que merece", "que infantilidade!". Dá vontade de gritar "Meo, cala a boca!". Na moral? Vai ser feliz, dar risada, ter momentos de descontração, rir do defeito que viram em você. Vá pra praia e pule na água feito criança, brinque de quem fica mais tempo debaixo d'água. Não importa se você tem 10 ou 40 anos! Dance a dança da galinha se for preciso, mas pelo amor de Deus! Seja um idiota!
Levar uma vida séria ao pé da letra é perda de tempo. Guarde a seriedade pra momentos em que você REALMENTE precisa ser sério. Fora isso, seja idiotamente idiota. Seja simplesmente...Feliz. Feliz nas pequenas coisas, nos mais simples momentos. Esse deve ser o segredo.
Agora se me dão licensa, vou lá pra fora ser um pouco idiota ;D

Observação 1: Não que o Gato Felix seja realmente idiota. Ah, ele é um bom gato.
Observação 2: Esqueça, ele é um gato feliz. Encaixa no conceito de 'ser idiota'
Observação 3: Texto quase que totalmente inspirado no texto de Arnaldo Jabor (O cara é bom)

Só pra finalizar, deixo aí o video da Pitty com o Cascadura cantando Inside the beer bottle, da banda úteros em Fúria. Muito bom.

terça-feira, 2 de março de 2010

"...O meu penacho!"

Ei, meus caros leitores, blogueiros e afins! Eu sei, eu sei...Passei tempo demais sem vir aqui dar as caras. Por quê? Eu sei lá. Talvez só em momentos de extrema falta do que fazer eu compareça ao meu (mais amado) blog. Começando com uma frase esquisitissíma: "O meu penacho...". Não é bem uma frase, é a última frase de um livro que li certa vez, Cyrano de Bergerac. Nem lembro se foi isso mesmo que ele disse em seu leito de morte. Quer dizer, ele realmente não tinha coisa melhor pra dizer? Eram suas últimas palavras! Eu as gastaria em coisas melhores como, sei lá: "Salve as baleias!", "Acabem com a fome no mundo!", "Não esqueçam de fechar o caixão por causa do meu nariz." (Ele tinha um complexo meio grande do seu nariz) ou até mesmo "La Push, baby!" (piadinha twilighters).
Aliás, ô complexo besta. Sério, o cara perdeu o amor da vida dele, que amou ele sem saber (ô coisa confusa) e só soube quando ele estava morrendo (espera, soube mesmo?). Essa história pode até não ser uma fábula, mas que tinha um moral, ah isso tinha (pra mim pareceu ter): Se for se declarar pro seu amor com cartas, diga quem você é de verdade, de preferência, senão vai passar o resto da vida sendo torturado pela sua consciência que lhe dirá o quanto você foi imbecil deixando que um soldado desconhecido fosse amado no seu lugar.
Agora estou curiosa...Que diabo é um penacho? Você não sabe? Ahá, eu sei! (E viva o Google!) São aquelas peninhas que ficam em volta dos chapéus, tipo o chapéu do Cyrano de Bergerac. Tudo bem, essa revelação torna o sentido da última frase em seu leito de morte ainda mais tosca e desnecessária. Ficaria bem mais digno "Eu te amo, Roxane!". Afinal, ele amava mesmo a garota, não é?
Ah, mas vamos dar um pouco de crédito ao Cyrano. Ele não era de todo bobo. O cara era simplesmente músico, astrônomo e poeta! Roxane iria amar ele também, talvez. Ela parecia ter um bom coração. Daqueles que amam palavras bonitas e não ligam pra um nariz estranho. É, a insegurança foi uma desgraça até mesmo para o próprio Cyrano de Bergerac.
Pensando bem, deve ser por isso que muita gente anda por aí com o nariz empinado. Talvez queiram mostrar-se o oposto dele: Impinando um nariz normal e esbanjando segurança pra dar e vender. Eu hein, vai entender.