terça-feira, 27 de outubro de 2009

O melhor amigo

Esse é um dos pequenos contos que ando escrevendo, que têm como principal personagem uma única pessoa. Curtam aí.

Narradora/personagem: Demi Parker
Série de Contos "Quase sem querer"
Autora: Daniela G. de Souza



O melhor amigo


Jacob Willians, mais conhecido por Jake, é meu melhor amigo. Eu sei bem que tipo de melhor amigo todos que me conhecem socialmente pensam que alguém como eu tenha. Aquele tipo bem nerd, asmático, com um sério problema de espinhas e prisão de ventre. Bem, lamento decepcioná-los, mas meu melhor amigo é o oposto de tudo isso que acabo de citar.
Jake, com seus 1,80 de altura, pele bronzeada, sorriso perfeitinho,cabelos pretos e espetados (ou sensualmente bagunçados) e talento para amizades conquistou a popularidade da escola inteirinha. De fato, eu nunca acreditei muito que Jake tivesse algum futuro do tipo que todo astro escolar tem enquanto reina no colegial. Não que eu o achasse um desengonçado, esquisito que só iria descobrir sua ‘essência’ ao entrar no 1º ano. Ao contrário, Jake sempre teve esse modo...Bonito, vamos dizer assim, de ser. Só que o Jake que eu conheço desde os oito anos de idade não tem (ou não tinha) o perfil desses caras. Quero dizer, a personalidade. Ele era só um pirralho muito do engraçadinho que me botava apelidinhos, puxava meu cabelo e jogava vídeo game comigo (e sempre se revoltava quando eu ganhava dele no Street Fighter).
Nunca aos oito, nove, dez e seja lá mais quantos anos eu podia ter que eu veria o Jake como um cara do qual eu podia namorar, apaixonar e todas essas asneiras. Eu nem sequer entendia porque é que aquelas pivetinhas da 4ª série tanto suspiravam quando o viam (e se quer saber, ainda não entendo). Eu só me dei conta do sucesso do Jake com as garotas quando entramos na 7ª série. Começou a rolar um boato estúpido sobre eu e Jake namorarmos. Claro que quando eu soube disso desmenti na hora e deixei bem claro que eu e Jake éramos amigos e que isso não iria mudar. O fato foi que quando eu pensei que a maré havia abaixado, Livy começou a espalhar pela escola que eu era sim apaixonada por ele, mas disse tudo aquilo pra não acabar com nossa amizade e não pagar o mico de ser rejeitada.
Quando isso chegou aos ouvidos do Jake, tudo que ele fez foi dar risada. Aliás, rimos juntos. Dizer que sequer éramos apaixonados um pelo outro já era uma piada absurda demais. O ruim foi ficar com a fama de garota mal amada pela escola inteira.
Hoje, no 2º ano, as pessoas ainda não entendem muito bem como um cara tão influente, popular e social como Jacob pode ter uma amiga tão oposto disso tudo. Acontece que eu conheço Jake há tempo suficiente pra afirmar que ele é muito mais que essa imagem perfeitinha que criaram dele. Qual é, nós brincávamos de lutinha juntos! E se quer saber, eles deviam me agradecer pelo Jacob ter o visual que tem hoje, ou pelo menos o cabelo. Eu o ensinei a usar o gel.
Ele estava a ponto de passar cola no cabelo para deixá-lo em pé e com um visual bem rockstar. Claro que, consideremos que eu deixei ele fazer isso na primeira vez porque achei que seria bem engraçado (e de fato foi). Mas depois eu o ajudei a tirar toda a cola do cabelo. Fiquei uma semana rindo dele, mas a lição valeu, certo? Nada de cola no cabelo.
Jake eu tínhamos bastante coisa em comum, uma delas era a música. Eu, como filha de uma ex-roqueira, tinha nada mais nada menos que o rock, a música e o talento no sangue. Guitarra e piano sempre foram meus instrumentos preferidos e os de Jake também. Mas ele era melhor pianista, e eu melhor guitarrista. Um ajudava o outro naquilo que mais lhe trazia dificuldades na música. Nos outros aspectos da vida era a mesma coisa.
Jacob e eu tínhamos uma amizade intensa e duradoura demais pra acabar simplesmente por causa do ego dos outros (e até do próprio Jacob). Não que ele fosse alguém muito exibido e tudo mais, só que a atenção e a ‘adoração’ que as pessoas sentiam por ele ás vezes inflava um pouco seu ego. Era difícil aguentá-lo quando ele ficava assim. O bom é que isso era raro.
Éramos dois irmãos, tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão iguais. O colegial era mortificante pra mim, para Jake era o paraíso, mas ele nunca havia deixado de ser ele mesmo. Deve ser por isso que somos tão amigos. Por causa da sinceridade e lealdade que sempre tivemos um com o outro.
Agora, deixando todo sentimentalismo de lado, a única coisa que me incomoda na vida super ‘badalada’ do Jacob na escola é o fato da minha arque-inimiga, Livy Taylor, ser sua ex-namorada, mas sempre seu grude particular. Ela e Jacob terminaram há 9 meses, mas ela nunca sequer larga do pé dele. O que é meio estranho, considerando que foi ela quem terminou com ele. Veio com aquela desculpa de “Não é você, sou eu” e acabou destroçando o coração do pobre Jake, que na época era apaixonadérrimo por ela. E, aquela história de “Não é você sou eu” soaria mais resumidamente e sincera na seguinte frase: “Arranjei outro, só lamento pra você.”.
Outro defeitinho do Jake: Ele acabou virando galinha por causa de sua experiência ruim com a Livy.
Viu como tenho motivos de sobra para tê-la como minha arque-inimiga? É muito difícil inventar desculpas para as ‘apaixonadas’ a cada vez que o Jake enjoa delas (depois de um dia juntos).
Mas fazer o que, melhores amigos são pra essas coisas. Ou quase isso.

sábado, 17 de outubro de 2009

Amor, love, liefhebben, aimer, 爱 *

Amor, eis aí uma coisa complicada de se entender. A gente ama, mas sofreee... É como se a cada vez que nos apaixonássemos estivessemos pedindo por um pouquinho de sofrimento no coração.
O ciúme, por exemplo, é uma coisa triste. Ô sentimentozinho cretino que toma conta das nossas emoções e razões. Imaginamos coisas que não existem, nossa estima cai e depois somos vistas como loucas ciumentas. Injusto, não? Ou somos a dona da razão, ou estamos apenas imaginando coisas. Como eu disse, amor: complicado.
Outra coisa, a falta de atenção.
"Jesus do céu, como essa criatura ousa não me ligar?! Que tipo de amor é esse que não tem um torpedozinho sequer? Sei lá, você podia de repente me dizer um "Eu te amo" só pra variar, sabe?"
Porque estamos sempre tão preocupados em sermos únicos?! É inevitável se sentir em segundo lugar por qualquer situaçãozinha cretina que aparecer. Queremos sempre exclusividade, mas damos exclusividade? Sinto muito, mas sempre disse a mim mesma e ás outras pessoas que recuso fazer com que meu mundo gire somente em volta de alguma pessoa. Eu tenho a mente aberta, não consigo basear a minha vida apenas a algo ou alguém. Tenho sempre que ter algo além. Isso não faz de mim uma pessoa fria ou arrogante. Acontece que é um modo de se proteger contra decepções. Botar uma pessoa num pedestal não faz dela mais amada. Amor é algo que vai muito mais além disso. É entender, aceitar.
Amor: complicado.
Medo de amar demais, medo de não saber dar valor, medo de não ser amado.
Por que será que uma palavrinha pode conter significados tão complexos? Uma palavra tão pequena, mas que une nações. Um sentimento tão grande, mas tão pouco valorizado, tão pouco compreendido.
Um sentimento que mesmo parecendo vir sempre com uma pontinha de dor vale a pena. As pessoas não pensam em coragem para se arriscar, elas se entregam à ele sem pensar no que virá depois.
Amor: complicado, mas no final das contas, amar faz tão bem que vale a pena. Se for verdadeiro não há ciúmes nem medos que acabem com ele. Além do mais, nada melhor do que ter alguém pra abraçar e dizer um bom e belo: eu te amo, certo?

.



*A palavra amor em várias línguas


domingo, 5 de julho de 2009

Xô medo de arriscar!!

JESUSMARIAJOSÉ##.! O que há de errado com nossas cabeças? Sério, eu realmente gostaria de saber. Ontem eu finalmente acordei de uma dormência das melhores coisas da vida. Eu perdi realmente tanto tempo com medo de errar? A má notícia é que: Sim, eu perdi todo esse tempo. A boa? Eu também perdi esse medo.
Eu sempre acabava pensando naqueles futuros tristes de uma mulher solitária com apenas 27 gatos como razão de viver. Isso de certa forma me amedrontava, mas eu tenho que admitir que o medo que eu tinha de tentar novamente algo que já foi frustrante um dia era muito maior. O que é meio idiota, considerando que eu estava sempre disposta a tudo, mas na hora H a coisa era outra.
E sabe o que é mais legal? Valeu a pena. Está valendo até agora. Eu não sei bem se semana que vem vou ver tudo com os mesmos olhos apaixonados, mas o amanhã é amanhã e o hoje é simplesmente hoje.
Karina antes de me dar o maior presente que já recebi (te digo no final do post qual foi) disse: "Dani, estou te dando uma felicidade e uma decepção algum dia" e eu respondi: "É, mas se eu nunca tentar, vou continuar sempre do mesmo modo", o que até fez sentido já que eu estava completamente inconformada com a minha vida super dentro da rotina. Há um mês atrás eu pensava todos os dias em como as pessoas que eu conheci há tempos atrás evoluíram. Suas vidas foram levadas pra um rumo que eu nem sequer conhecia (e lá vem o pilantra do medo novamente) enquanto eu me via sempre parada no mesmo lugar. Vocês devem saber o que é isso. Algum de vocês. É uma sensação péssima, certo? Eu sei, acredite. Eu sei.
O fato é o que eu digo a vocês: 'Não tenham medo!'. O medo que temos de arriscar é só uma simples perda de tempo, porque se não tentarmos vamos mesmo estar quase que destinados a um futuro como o daquela mulher que tem 27 gatos como única coisa na vida.
Sei que estou sendo meio enigmática e vocês (talvez alguns de vocês) devam estar se perguntando: "O que aconteceu, afinal de contas?". Se for o caso, desculpe, mas vou continuar com o enigma, é divertido. A única coisa que posso lhe dizer é que Deus, juntamente com a Karina, me deram a oportunidade de, finalmente, viver!
Termino este post com uma simples palavrinha, que ás vezes, muda vidas:
Obrigada!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Um mundo por trás da minha porta

Quando eu comecei a ser menos anti-social com aquele meu jeito de “fique em casa direto”, eu passei a me divertir mais. Quer dizer, o mundo é enorme e se estar na pequena parte dele chamada Pirituba é irritante, imagine ficar na minúscula partezinha que minha casa representa nesse planeta o tempo inteiro!
Pra mim, estar em casa era fácil. Eu não tinha que encarar o olhar das pessoas (aqueles olhares feios), eu via o mundo apenas da televisão, a violência estava longe de mim e eu me sentia segura, já que é a minha casa e as pessoas com que eu convivo são as mesmas de dezesseis anos atrás.
Mas com o passar do tempo eu me sentia meio que excluída da “sociedade”. Quando meus irmãos começaram a fazer várias amizades na rua, aí é que o bicho pegou. Eu estava na minha casa, aquele meu lugar protegido de frustrações, mas também estava deixando de viver, perdendo amizades e com medo de como a realidade seria. Eu não era aquela garota super anti-social, mas vivia em conflito com algumas pessoas. Eu tinha amigas da escola, mas me sentia uma marciana quando elas falavam de coisas que eu nunca havia feito antes. Na adolescência essas coisas começaram a ficar evidentes. Se eu nunca tivesse feito algo que todo mundo havia feito eu seria uma piada.
Quando terminei o ensino fundamental e fui para o médio, as coisas pareceram melhorar ligeiramente. Quando me dei conta, a sala toda gostava de mim (ou quase toda). Até com os meninos eu havia feito amizade. Foi exatamente aí que eu comecei a me soltar mais. Tudo bem, eu não subi em cima da mesa e comecei a dançar, mas eu passei a me divertir bastante. Eu ria a toda hora e até que ir à escola não era tãao mortificante assim.
Eu continuo tendo aquela personalidade de menina séria, mas isso é só no começo, porque eu percebi que estar sempre no mesmo lugar e de cara fechada é tão chato que eu prefiro estar de bem com a vida e sem medo de encarar o mundo por de trás da porta da minha casa.
Acredite, é uma das melhores coisas.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Absurdamente Desenvolvidos



Tecnologias novas são assuntos que passaram a ser normais em todas as notícias. A evolução tem sido tão grande que ás vezes nós, seres humanos, acabamos cometendo erros estúpidos e nem mesmo nos tocamos.
Nada contra tecnologia. Tecnologia é ótimo. Atire a primeira pedra quem nunca sonhou em ter aquele tão desejado celular cheio de funções legais, aquele notebook maravilhoso ou até mesmo uma TV LCD novinha em folha.
Não é só nisso que a tecnologia tem sido ótima. A evolução tem sido grande o suficiente para achar novas formas de cura para a medicina, por exemplo. Os chamados “avanços da medicina” que ajudam e muito as pessoas.
O que me chamou atenção demais nos nossos ‘incríveis’ avanços humanos foi o chamado “Large Hadron Collider (LHC)”. Ou seja, o maior acelerador de partículas do mundo.
Uma máquina que foi criada com o intuito de “recriar” o Big Bang. Eles gastaram bilhões de dólares com o LHC para conseguirem compreender a origem do Universo, o que, em minha opinião, é inútil.
Nós seres humanos temos mania de desafiar a lógica, fazer coisas que parecem impossíveis. O homem foi á lua, o homem conseguiu voar criando o avião, descobriu a cura de doenças, CRIOU doenças. Existimos a milhões de anos e evoluímos cada vez mais, lentamente, mas evoluímos. Até que temos motivos de sobra para nos achar a última bolacha do pacote, a cereja do universo e tudo mais.
A questão é que é absurdo gastar tanto em avanços tecnológicos que só servem para satisfazer a curiosidade desafiadora de muitos cientistas ao invés de gastar esses mesmos bilhões em causas mais importantes. Além do mais, essa parece ser apenas mais uma tentativa de mostrarem que a ciência é onipotente e que suas teorias ainda não comprovadas são verdade.
Temos tantos problemas que precisam ser resolvidos urgentemente, como por exemplo, a fome, o aquecimento global, a violência. Problemas em que as dificuldades são extremas quando tentam ser resolvidos. Extremas, mas não impossíveis. E com tudo isso acontecendo, 6 bilhões de dólares são gastos para satisfazer a curiosidade desafiadora e inútil do ser humano.
Eu não odeio a ciência. Acho que ela é bem útil em muitos aspectos, mas ela acaba criando perguntas desnecessárias que acabam em atitudes desnecessárias, como este acelerador de partículas.
O desenvolvimento por qual temos passado nos trouxe até onde estamos, mas nos faz questionar até onde este mesmo desenvolvimento pode nos levar.
E então, até onde?

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Have you ever seen the time?


Por Daniela Gomes de Souza

Esses dias tenho reparado bastante no tempo. Claro que conta o fato de eu estar sempre mudando de preferência em relação á ele: “Prefiro frio" "Ah, calor é bom" "Não suporto calor!" "Gosto de chuva" "Tomara que não chova!"
Essa mudança toda maluca que tem ocorrido por esses últimos dias tem me estressado ás vezes. Adolescente em fase de transição (como eu) tem aquela coisa de querer estar sempre arrumada. Aí acabei que aderindo á moda da chapinha. Cabelo volumoso? Não, não. E lá vem a chuva! Quando não é ela que acaba estragando meu penteado é o calor. Andar da escola até em casa debaixo do sol quente do meio dia nos faz soar, e lá vem o cacheado volumoso novamente.
Mas o fato é que eu não estou querendo falar do meu cabelo. E sim dessas mudanças climáticas malucas. Minha mãe tem uma coisa de não envolver nunca aquecimento global nesse tema. É sempre aquela de “Ah, é porque é verão”. Mas eu tenho notado bastante coisa nos últimos 5 anos (tempo que me mudei pra Pirituba).
Eu moro perto da serra. Na verdade, bem perto mesmo. Moro pertinho do Pico de Jaraguá, o ponto mais alto da cidade de São Paulo. A temperatura quando cheguei aqui era fria, muito fria. De noite então, nossa. Agora não. E não é só em estações como o verão e sim em todas. Claro que uma vez ou outra tem aquele frio, normal, mas o fato é que o aquecimento global está se acelerando tão rápido que até eu, que sou desligada, consigo perceber agora.
Tá certo que falar de aquecimento global já é aquela coisa normal, mas eu como adolescente quero dizer como me sinto a respeito disso. Claro que chegar aqui e falar é bastante fácil, o difícil é fazer.
Falar de aquecimento global na escola é pedir pra ser ignorado. Ninguém dá à mínima. Ou talvez apenas finja dar à mínima quando um professor envolve o tema em alguma matéria. Mas eu vou te contar viu, eu sei que não sou a “miss-natureza-salve-o-planeta-uhu!”, mas pelo menos eu tenho consciência e chego a parar, pensar no assunto e até a fazer alguma coisa. Pode até partir de um simples “5 minutos no chuveiro” até um, quem sabe “Vou plantar uma árvore”.
O nosso problema é que ás vezes (ou em alguns casos sempre) não acreditamos que as nossas pequenas grandes ações irão dar algum resultado. O caso é que não custa nada dar pelo menos um pouco de atenção no assunto, afinal de contas, o planeta é nosso, quem irá morar aqui nos próximos 50 anos somos nós. Não dá pra ficar parado esperando que cientistas consigam se locomover até Marte para povoar o planeta vermelho. O que se tem a fazer é cuidar do que é nosso para não ter que nos lamentarmos depois.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Vingança nerd - parte. 2

Eu odeio Filosofia. É tão perda de tempo! Me revolto só de pensar que passo 90 minutos por semana sendo obrigada a ouvir o Sr. Gutierrez dizer que só sabe que nada sabe. Sem falar que eu odeio ele. No primeiro dia de aula de filosofia, me usou como exemplo de uma pessoa ignorante só porque eu não sabia a essência da abelha. Pra quê tenho que saber a droga da essência de uma abelha? É por isso que digo que filosofia é a prova exata do quanto o ser humano pode ser insuportável. Como se a cada coisa que você dissesse alguém perguntasse o “por quê”. Será que simplesmente não poderiam parar de questionar tanto? Ou simplesmente poderiam nos dar o direito de escolha para assistirmos ou não a aula.
Eu não digo mais essas coisas pra Selena. Ela se sente ofendida e passa um sermão que dura um dia inteiro sobre “a importância da filosofia nas nossas vidas e blá blá blá.”
Mas mesmo odiando filosofia, eu prefiro mil vezes estar nessa aula a estar na detenção. Ah, é um lugar horrível. É como se eu estivesse na parte sinistra da fábrica de chocolates do Willy Wonka. Aquela parte onde a garotinha que ficou azul foi, e aquela onde aquele gordinho ficou entupido etc. Aliás, nunca me deixei levar pela cara de santo do Willy Wonka. Ele parece ser do mal, fazendo aquelas crianças pagarem por serem mimadas, esfomeadas, desobedientes e desleais. Mas voltando á detenção, bom, é um lugar sinistro.
Um lugar onde as piores pessoas da escola podem estar. Uma vez fui parar lá por ter encoberto a Selena depois que ela disparou o alarme de incêndio. Mas foi só porque ela podia ter sido expulsa caso a pegassem fazendo aquilo (pela 2ªvez no ano). Mesmo assim, grande erro. Foi o pior dia da minha vida, o qual tive que passar horas sendo ameaçada pelas duas garotas punks malucas e sentindo o cheiro horrível do cara que tinha problema de gases.
Os nerds deviam saber que eu preferia estar no lugar onde ocorreu o massacre da serra elétrica do que ali (Ou talvez não preferisse). Foi por isso que quando a porta da sala se abriu o carrasco, digo, a inspetora veio me chamar dizendo que meu nome estava na lista de detenção e eu tinha que ir lá agora mesmo. Eu devia saber, devem ter arranjado um jeito de entrar no sistema da escola e colocado meu nome lá pra que eu passasse três horas inteiras vegetando e sendo estrangulada na sala do horror. É por essas e outras que eu simplesmente odeio a tecnologia.

Continua...


Apenas deixando atualizado os capítulos aqui no blog. Espero que estejam gostando. Beijão!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Compreensão súbita. The real truth?

Enquanto lia pela milésima vez o livro “Lua Nova” no ônibus a caminho do meu curso em Osasco tive uma sensação.
Foi até meio estranho compreender algo daquele jeito. Quer dizer, tinha um cara todo molhado sentado ao meu lado, me apertando e cheirando esquisito. Sem falar de algumas meninas que não paravam de falar com o sujeito (que haviam acabado de conhecer).
Ás vezes pegava uma delas me encarando com cara de metida, sei lá. Na verdade, eu nem sequer liguei. Estava tão perdida no mundo fantasioso de Stephenie Meyer que dar atenção á quem me olhava feio seria patético.
Me dei conta que aquela insegurança que tomava conta da minha mente toda vez que olhavam pra mim não estava mais lá. Na verdade, eu me sentia bem, independente do que pensavam, falavam ou agiam. Me sentia realizada, nem ao menos sei o por quê, mas a sensação foi ótima.
Passei tanto tempo me incomodando com aparência e opiniões alheias que esqueci de MIM. Esquecia dos meus planos para o futuro, esquecia dos talentos que tinha, da beleza que sempre tive, mas que nunca percebi.
O fato de eu tentar impressionar tanto ás pessoas fez com que eu levasse um sermão da minha própria consciência. “Impressione a si mesma todos os dias. Os outros vão se impressionar naturalmente, sem nenhum esforço”. E sabe do quê mais? Pra quê? Impressionar aos outros, mas me sentir vazia. Era inútil.
Era inútil também pensar no passado, desenterrando mágoas passadas pra jogar na cara da vida e dizer: “A culpa é sua!”. Era inútil sempre me perguntar: “Por quê eu? Por quê não tenho sorte?”. Lamentar-se sempre. Me sentia uma fraca, incapaz de lutar pelo que quero ou de ser feliz sendo eu mesma. Shakespeare estava certo quando disse que lamentar uma dor passada no presente é criar outra dor e sofrer novamente.
Mas naquele momento eu me dei conta: E daí? Eu amo a mim mesma, amo a minha vida, minha família. Amo o que faço, amo o que sei fazer.
E ao me levantar, olhar pra aquelas garotas se esforçando tanto pra chamar atenção de um cara e ainda lançarem olhares superficiais para as pessoas, eu pensei comigo mesma: “Ainda bem que sou quem sou.”
Oh God! Tive uma epifania!
.
"Amar a si mesmo é o inicio de um amor para toda a vida."
Oscar Wilde

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Yeah! I'm back

Voltando firme e forte. Sim senhores, aqui estou eu. Mudei a imagem do blog. Quer dizer, eu já estava ficando meio irritada com o mesmo template. Parecia que o texto ficava apertado, sei lá. Acredite, eu me irritei muito tentando achar um template que eu gostasse, mas aí está.
E justo hoje que eu decido postar, faço 16 anos. Sim, os 15 já se foram. Pra falar a verdade, muitas coisas já se foram. 16 anos deve ser a idade em que as responsabilidades começam a bater na nossa porta. Eu mal fiz e já estou esperando pra fazer um estágio em alguma empresa.
Tem a ver com uma história aí, que eu comecei a fazer um curso de Gestão Empresarial (totalmente nada a vê com jornalismo e ser escritora, mas enfim), afim de conseguir um estágio e trabalhar. Até que é bem legalzinho, considerando que tem vários cálculos (fáceis, pelo menos até agora). Estudar agora é prioridade. Estudar pra escola, estudar pro curso e aperfeiçoar meu modo de escrita. Eu sei que tudo vai valer a pena algum dia desses, basta paciência.
Mudando de assunto, eu tenho percebido os textos muito grandes. Na verdade, eu me empolguei com a história de fazer uma estória e comecei a fazer capítulos mais longos ainda (tenho 21 capitulos já escritos). Então pra não ficar aquela coisa cansativa, eu meio que vou postá-los em parte, cada um com um titulo diferente (relacionado á situação da vez).
Eu tenho recebido alguns prêmio, como do blog Rabiscos da Say. E tipo, é muito bom receber prêmios, mas quero pedir desculpas a ela por não ter colocado os selos aqui. É que há algumas semanas atrás eu estava totalmente desanimada pra postar e admito que estava com preguiça de ficar indicando vários blogs (sério). Mas, sei lá, prêmios são sempre bem vindos (lógico), principalmente agora que animei novamente.
É isso. Beijos, uma ótima semana pra todos vocês, muitos mais anos de vida pra mim (Lógico) e a continuação da história (que por acaso está sem nome. Adoraria receber sugestões.) logo a seguir:

A vingança dos nerds - partes do cap. 5
.
Grande engano. Não sei se ele é um completo anti-social ou se não gosta de mim mesmo. Acho que fico com a segunda hipótese, já que ele começou a falar com a galera do time de futebol e com os músicos. Espera aí, com os músicos?! Qual é! Como vou aparecer pra tocar com os caras toda sexta-feira se essa criatura estiver por lá? Ah, tanto faz, acabei de me lembrar que fui expulsa na sexta-feira passada por derrubar a guitarra preciosa do Steve. Que besteira, só porque ela era do cara do Aerosmith. Grande coisa.
Ah, quer saber? Por que me preocupar tanto com esse cara? Quer dizer, ele sempre foi um esquisito problemático quando criança e só porque agora ele é um esquisito problemático muito gato não quer dizer nada, só que ele é muito gato.
- Eu espero que já esteja providenciando a minha nova guitarra autografada. – Disse o Steve logo depois de eu fechar meu armário e ir em direção á aula de biologia. Por zueira do destino lá no meio dele e do povão da música estava o Ben.
- Sonha. – Eu disse passando direto, mas não é o que bendito puxou meu braço?
- Eu to falando sério. Aquela guitarra é uma relíquia.
- Tem que aprender a tocar primeiro pra depois ter uma. – Eu disse irônica.
- Eu sei tocar!
- Borboletinha na cozinha não é lá uma música muito rock’ and roll. – Disse eu soltando um leve sorriso sarcástico. Os amigos dele deram risada, mas se calaram depois do olhar de reprovação.
- Eu não sei como te aceitei no clube de músicos há 3 anos atrás.
- Foi só porque você tava apaixonado por ela. – Disse um dos amigos burros dele. Eu arregalei os olhos.
- Quê?!
- Hun, é claro que não. Eu não sou louco. – Disse Steve. – Vambora! – Disse ele virando-se pra ir pra aula, mas antes disso despediu-se de Ben com um toque de mão, logo depois todos os outros músicos o seguiam.
- Eu hein. – Disse á mim mesma antes de virar-me e ir pra sala até Holly ir correndo em minha direção, parecia desesperada.
- Hayley! Cuidado!
- Que foi?
- Os Matletas estão procurando você pra se juntar á eles! – Eu me espantei. Era puro suicido social, como diziam em “meninas malvadas”. Eu sei que não pareço nada nerd, mas por trás dessa figura descolada que é a minha pessoa tem uma garota que adora matemática, biologia, química e astrologia. Tanto que só tiro A.
- Eu não posso me juntar á eles!
- Tenta uma manobra chamada “dizer não” – Intrometeu-se Ben com arrogância e desprezo, enquanto arrumava seu novo armário, que por acaso, era quase do lado do meu.
- Eu posso tentar outra manobra chamada “Quebrar a sua cara” – Respondi brava e ele deu risada, virou-se e ficou encostado no armário de braços cruzados prestando atenção na nossa conversa. – Não vou entrar nisso coisa nenhuma. Os caras são malucos! E além do mais, qual é a graça em ficar vegetando numa sala de aula, com as calças acima do umbigo, conversas idiotas sobre números e vendo um garoto ter uma crise de asma a cada cinco minutos? – Quando percebi, vi a cara da Holly que não era muito boa. – Eles estão atrás de mim, não estão? – Perguntei.
- Estão sim. – Respondeu. Me virei com uma cara de pessoa simpática, mas vi os nerds me olhando feio e de braços cruzados.
- E aí gente?
Eis uma lição valiosa: Nunca mexa com os nerds. Quer dizer, nunca mexa com os nerds da James K. Polks. Melhor: Nunca mexa com os nerds da galera dos Matletas. Não é só na matemática que eles são bons. São bons em se vingarem virtualmente. Quer dizer, eles têm o seu lado hacker.
Por isso odeio a tecnologia. Antes todos estavam satisfeitos com a boa e velha vingança cara-a-cara. Aquela em que se podia se vingar sem ter certeza do ponto fraco da pessoa. Espera, acho que acabei de inventar isso. Tanto faz. O fato é que os nerds me fizeram pensar que não ligavam pro fato de eu ofendê-los pelas costas (o que não faria muita diferença se fosse cara-a-cara). Então eu me esqueci do acontecimento do corredor e segui a minha vida. Mas naquele mesmo dia, na aula de filosofia, algo aconteceu.
.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Cap. 4 - Primeiro contato inesquecível

Cara, como eu odeio teoria. Pra quê eu preciso aprender teoria musical sendo que eu já sei? Eu estava pensando exatamente isso no meu curso de música. Era pra eu estar tocando, mas o professor faltou e eu fui obrigada a ficar nessa aula com crianças de doze anos. Por que simplesmente não me mandaram embora? Eu poderia tocar em casa, já que nas férias meu pai me deu um saxofone novinho da Yamaha. Foi porque eu consegui notas ótimas na escola, e foi tipo uma recompensa. Papai tem sido bonzinho, porque vocês fazem alguma idéia de quanto custa um saxofone? Ainda por cima da Yamaha! Acima de mil dólares. Se bem que quem não gasta isso comigo é minha mãe. Ela prefere gastar 500 dólares todo mês com a Cady e suas roupas de grife do que comigo e minhas palhetas de sax (que por acaso são baratinhas! 15 dólares a caixa).
É que a minha mãe tem uma mania chata de que a aparência é a chave pro sucesso. Foi por isso que quando eu fiz quinze anos ela me obrigou a vestir roupas de patricinha, me levou num salão e fez tudo quanto é tipo de tortura. Desde tirar a sobrancelha até a depilação com cera quente. Naquele tempo eu conversei com ela e disse que ela estava um pouco empolgada demais com isso de eu ser uma adolescente. Ela até entendeu, mas eu tive que mudar meu jeito meio despojado de ser. Eu não ligo pra aparência em tempo integral, mas eu tenho consciência de que eu tinha que me arrumar pra me sentir bem comigo mesma. As roupas de grife que ela comprou pra mim ficaram pra Cady, e eu adotei um visual mais light e espontâneo, de acordo com o meu humor pra escolher a minha roupa de manhã.
Ótimo, a aula acabou. Agora vou é pra casa ficar fazendo nada. Eita vida boa!
Chegando em casa não tinha ninguém. Segundo o bilhete que minha mãe deixou na geladeira, Cady e ela foram ao shopping e meu pai estava numa reunião importante sobre tartarugas marinhas. Ele é publicitário, e uma ONG estava afim de fazer um comercial sobre a preservação das tartaruguinhas.
Eu abri a geladeira e peguei o pote de sorvete que estava alí esperando por mim. Quando começo a comer e sento no sofá pra assistir, meu celular toca, era o Ned.
- Fala Ned. – Disse eu, atendendo.
- O que tá fazendo?
- Devorando um pote de sorvete. – Eu disse enquanto mudava os canais da TV a cabo. – E você?
- Construindo meu novo telescópio.
- Sério? – Eu disse empolgada. – Legal! – Eu não disse que o Ned era um nerd de primeira? Quando ele resolve construir telescópios é porque tem algum planeta que vai poder ser visualizado do telhado dele. E como eu adoro essas coisas, eu fico vendo com ele. – O que vamos ver dessa vez?
- Júpiter! – Disse ele.
- Legal. Como é que você descobre essas coisas hein? Eu não consigo achar no Google.
- Haha. Minha querida, eu não preciso de Google. Só é saber o eixo de Júpiter em volta da...
- Ta bem, ta bem. Eu já entendi. – Disse eu tentando impedir que ele começasse uma enorme explicação sobre Júpiter e sua órbita.
- Você quer vim aqui em casa? A minha mãe tá preparando bolo de chocolate com calda quente.
- O seu irmão tá aí?
- Não. – Respondeu ele com estranheza – Por quê?
- Por nada não. Eu já to indo. Beijos.
Ah, eu não queria encontrar o Sr. Estranho e perfeitão.
Eu cheguei na casa do Ned em menos de cinco minutos. Ficamos conversando sobre a revista de astronomia que o Ned havia acabado de comprar enquanto comíamos o bolo de calda quente da Sra. Barnes, que por acaso estava muito bom! Então, a porta da sala se abre e adivinha quem entra na cozinha? Ele mesmo! Ben, de mochila nas costas e com um sorriso maravilhoso.
- Oi mãe. – Diz ele dando um beijo na bochecha da Sra. Barnes. – E aí moleque. – Diz agora ele cumprimentando o Ned com um aperto de mão.
- Ainda bem que já chegou. Eu guardei um pedaço do bolo pra você na geladeira. – Dizia a mãe do Ned. Mas eu estava sem graça demais pra prestar atenção. Eu fingia estar olhando a tal revista e percebi que o Ben ficava olhando pra mim com aquele sorrisinho misterioso dele. E, cara! Como ele é lindo! Pena que é um ser arrogante e desprezível.
- Veja só se não é Hayley Smith. – Disse ele soltando outro sorrisinho fatal.
- Boa memória. – Eu respondi depois de tirar os olhos da revista e olhando pra ele.
- O Ben está estudando na mesma escola que você, Hayley. – Disse o Ned.
- Eu to sabendo.
- Somos da mesma sala de história. – Disse Ben.
- Isso é ótimo! Podem estudar juntos quando tiverem um dever ou um trabalho. – Disse a Sra. Barnes empolgada. – Está vendo como o tempo é generoso, Ben? A Hayley virou uma linda menina. – Nesse momento eu fiquei vermelha que nem um pimentão. Isso porque eu sou meio moreninha hein. Cara, a Sra. Barnes sabe como deixar alguém sem graça.
- É verdade. – Disse Ben. E eu admito que isso me fez ficar ainda mais constrangida e até mesmo surpresa. O mais novo gato da escola dizendo que eu sou bonita?
- Hehe. – Eu ri sem graça – Gente, o papo tá ótimo, mas eu preciso estudar. – Eu disse me levantando meio desajeitada e acabei batendo a perna debaixo da mesa. – Shit! – Sussurrei.
- Desde quando você estuda? – Perguntou Ned rindo.
- Estudar sax. – Eu disse soltando um olhar de “cala a boca, ou te mato!”. Ele entendeu, soltou uma risadinha e voltou a comer seu bolo.
- Ah, então é do seu quarto que sai aquele som de sax. – Disse Ben, interrompendo o meu olhar de “vou matar o Ned”. – Interessante, mas acho que ele está um tanto desafinado. – Disse ele soltando um sorrisinho arrogante.
- Engraçado, pois eu acho que ele está ótimo. – Eu disse cruzando os braços e falando como se eu não ligasse pro que ele dissesse. Ned sabia bem que eu só falava daquele modo quando estava me irritando e franziu a sobrancelha, e aposto que estava torcendo para eu não xingar aquele cidadão.
- Bom, de qualquer modo seria bom você dar uma checada na boquilha dele. – Disse ele.
- Valeu pela dica. – Eu disse com um sorrisinho falso.
- Quem ele pensa que é, hein? Com aquele jeito de bonzinho na frente da mãe dele, mas longe ele é um arrogante estúpido. E que saber? Pensando bem até na frente da mãe dele ele é assim, acontece que ela não percebe! É uma tarefa pra raciocínios rápidos como o meu e o do Ned. – Eu dizia andando de um lado a outro na minha casa para Selena e Ned, que estavam sentados nos dois puffs que havia no meu quarto.
- Ei! – Exclamou Selena. – E eu?
- É uma boa amiga. – Disse Ned dando tapinhas de consolo no ombro de Selena que fez uma cara feia. – Mas Hayley, o Ben é legal.
- Eu achei que ele zoava você o tempo inteiro. – Eu disse confusa.
- E ele zoa, mas fazer o que, é tarefa de irmão.
- Hum, ele tá certo. Se eu tivesse um irmão o zoaria o tempo inteiro! – Disse Selena e eu a olhei com aquela cara do tipo “Meo, cala a boca”.
- Ainda vem falar da afinação do meu sax. Haha! Como se ele soubesse alguma coisa disso. – Então eu fui em frente á porta da minha sacada e gritei – Quem é que ficou 3 anos estudando pra aprender a tocar hein? E quem foi que ganhou o prêmio de melhor saxofonista da Harper’s?! Fui eu!
- Hum, você tá sabendo que esse agora é quarto do Ben e não meu, né? – Disse o Ned.
- Ah, droga! – Eu disse me jogando no chão. Selena e ele pensaram que eu estava louca. – Por que você não me avisou?
- Como é que eu ia saber que você ia dar uma de louca? – Disse ele.
- Quer saber Hayley? – Disse Selena levantando-se e indo até mim e me levantando a força. – Se você dá tanto importância a ele é porque você é afim dele.
- Quê?!
- E além do mais, qual o problema? Ele é um gato e você já tava pagando um pau pra ele antes mesmo de vê-lo na escola! – Disse ela da maneira mais natural e como se estivesse certa. Tá, mas o Ned não precisava saber que eu estava GAMADA PELO IRMÃO PROBLEMÁTICO DELE!
- Como é? – Perguntou ele em tom de gozação.
- São as coisas que acontecem com adolescentes normais. – Disse Selena – Talvez você saiba daqui há uns... Sei lá, 10 anos. – Caçoou ela.
- Eu tenho 13! – Reclamou o Ned.
- Ah, desculpe. Me confundi com o seu tamanho. – Logo depois, soltou um sorrisinho, deixando Ned irritado.
- Parem já com isso! – Reclamei. – A questão aqui é que eu NÃO estou gamada pelo Ben, e eu não quero dirigir a palavra á ele nem pintado de ouro.
- Você acha que agora que ele falou com você na casa dele vai falar na escola?
- Por que não? – Disse de braços cruzados.

"O tempo revela todas as respostas dentro de cada um..."


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Crepúsculo, livros e prêmios


Esses dias tenho estado bastante viciada em um certo livro (ou 4 certos livros, como quiser). Deixa eu explicar.
Eu havia assistido o trailer do filme "Crepúsculo" no Youtube, já que todos falavam dele e aí eu fiquei curiosa. Adorei. Então decidi ler o primeiro livro, mas antes que o acabasse, eis que eu fui assisti-lo no cinema. Nem preciso dizer o quanto eu adorei, preciso? Eu sei que sou muitas vezes exagerada, mas esse é o melhor filme já feito.
Foi aí que terminei de ler o primeiro livro, depois fui pro segundo, "Lua Nova", depois pro terceiro "Eclipse" e agora estou no quarto "Amanhecer" (Breaking Dawn). Nunca tinha me interessado muito por essas histórias de vampiros, mas essa é uma exceção e tanto. Stephenie Meyer sabia o que estava fazendo. Sem falar que Edward Cullen é o sonho de consumo de qualquer garota (Haha, apaixonei :~). Resumindo, a história é linda, Bella Swan e Edward Cullen são muito fofos e eu adoro o jeito super-protetor dele.
Mas mudando de assunto, estou muito feliz pois meu blog recebeu 3 selos. Isso mesmo! Bem legal, né? O primeiro foi o Prêmio Dardos, indicado pelo blog "Rabiscos da Say". Aliás, muito obrigado! Mesmo!


Numa outra vez, também fui indicada pelo mesmo prêmio por outro blog, mas nem prestei atenção nas regras. Mas agora vou fazer certo, estamos combinados?
Segundos as regras, devo indicar 15 blogs para receber o prêmio, então aí vão eles:


Pronto. O segundo e o terceiro selo quem indicou foi Teorias Mirabolantes & Palhaçada, hein!
Valeu gente :D



6 Regras:

Linkar a pessoa que te indicou.
Escrever as regras do meme em seu blog.
Contar 6 coisas aleatórias sobre você.
Indique mais 6 pessoas e coloque os links no final do post.
Deixe a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela.
Deixe os indicados saberem quando você publicar seu post.

6 coisas sobre mim:

1. Adoro John Mayer
2. Queria saber tocar violão
3. Apaixonei pelo Edward Cullen (ele é da Bella ^^)
4. Vou ser jornalista
5. Quero viajar pelo mundo
6. Fugia do hospital quando era minha vez de tomar injeção :~

6 indicações:


É isso. Obrigado a todos que indicaram o prêmio e a todo pessoal que visita o blog. Mesmo! Isso me deixa muito feliz!
Próximo post publico outro capítulo da história.
Beijooos!


domingo, 4 de janeiro de 2009

A saga continua.. Não tão dramática :)

Aqui estou eu. Escrevi o 3º capítulo, mas tenho que admitir que não é um dos meus preferidos porque não me agradou tanto. Espero que gostem, né? Caso não gostem, afirmo que os outros vão ser bem melhores. É que minha inspiração não estava muito boa, mas ela acaba de voltar.
Capítulo 3

Quando a aula acabou eu fui pra cantina e me sentei na mesa em que estava Selena e Holly. Elas discutiam sobre o namoro da Angelina Jolie com o Brad Pitt, e enquanto a Holly defendia o relacionamento, a Selena ficava pondo defeitos.
- Uau. Vocês sabem mesmo conversar sobre coisas importantes. – Eu ironizei ao sentar-me.
- Onde você esteve? Hoje é dia de pizza, devia chegar cinco minutos antes pra pegar um pedaço extra pra mim. – Disse Selena. Era um esquema entre nós. Quando fosse dia de comida boa na cantina, eu deveria entregar a comida pra elas já que eu quase nunca comia. Folgadas, não?
- É que o Sr. Kellog disse que eu tava muito aérea na aula dele e eu tive que ficar lá ouvindo ele explicar tudo de novo.
- E o que foi que ele disse?
- Eu sei lá, eu tava mais preocupada em não ser atingida pelo cuspi dele. – Eu disse.
- Urgh! – As duas soltaram.
Selena era minha melhor amiga desde a 3ª série. Nos conhecemos quando ela tentou pegar meu lanche a força e eu a empurrei. Não sei por que, mas ela gostou de mim. Quando terminamos a 8ª série, ela ficou um tempo estudando numa escola lá em Washington D.C, isso porque o pai dela tinha virado senador e ela foi obrigada a mudar. Um tempinho depois, os pais dela se separaram e ela voltou com a mãe dela, e aí o ensino médio foi ficando menos mortificante pra mim, já que eu era uma completa anti-social quando estava sozinha.
No ensino médio nós conhecemos a Holly. Ela era novata na escola e acabou que fazendo “amizade” sem querer com uns caras meio doidões. A gente acabou salvando ela de virar uma maconheira e desde então somos inseparáveis.
- Aí, quem é o cara novo? – Perguntou Selena observando o Ben sentar-se numa mesa um pouco afastada da nossa.
- Uh, ele é um gato. – Disse Holly.
- É o irmão do Ned. – Eu disse enquanto bebia a coca-cola da Selena.
- Tá falando daquele maluco que trocou a cabeça das nossas barbies por uma de dinossauro? – Perguntou Selena surpresa.
- Ele mesmo.
- Droga! Se eu soubesse que garotos problemáticos ficassem tão lindos na adolescência eu seria mais legal com eles. – Lamentou ela.
A mesa da Jamie era repleta de gente idiota. Pra começar com o trio das burrinhas, formado por Jane Lovato, Monique Stuart e a própria Jamie Cyrus. Ainda tinha os caras populares, tipo o Zac Efron e o Lucas Grabbel. Não que eu seja chata, mas esse pessoal adora pisar nos outros. Só porque são bonitos e ricos. E daí? Eu tenho um tio que é pescador e nem por isso eu fico me gabando! U,u
O caso é que a Jamie havia acabado de levantar de sua mesa de gente hipócrita e estava indo na direção do gato do Ben! Que por acaso é irmão do MEU melhor amigo, então porque ela simplesmente não dá o fora? Droga, esse cara tinha que ser tão irresistível pra atrair até a nojentinha da Cyrus?
- A cobra já vai dar o bote. – Comentou Holly quando viu Jamie sentar-se na mesa do Ben, que por acaso estava sozinho. Nós três passamos a prestar atenção na cena patética da Jamie, e eu tenho certeza que estamos prestes a presenciar a entrada de um anti-social gato no grupo de populares do James K. Polks High School.
- Oi, eu sou Jamie. Não liga pra minha voizinha de fresca não. – Imitava Selena enquanto Jamie dizia alguma coisa pra Ben. – Tipo, você é lindo e, hello, eu sou linda, combinou! Só não repara na plástica de 3 mil dólares no meu nariz, ou nas cicatrizes que o botox pirata deixou no meu rosto. – Eu dei risada. Cara, como a Selena detestava a Jamie. Tudo começou na 3ª série quando a Jamie jogou suco no chão, perto da Selena e disse que ela tinha feito xixi. Todo mundo ficou zuando ela e até hoje a Jamie ás vezes a lembra do incidente.
Nesse momento, eu via o Ben levantar-se da mesa e ir em direção á saída da lanchonete, e a Jamie ficar com uma cara incrédula que fez a Selena e a Holly gargalharem.
- Eu achei que não viveria pra presenciar um momento tão emocionante! – Disse Selena.
- Cara, ele deve ter dado um fora legal nela. – Disse Holly.
Era isso? Ben Barnes com toda aquela pinta de “eu sou o tal” deu o fora na garota mais bonita e popular da James K. Polks High School? Ah, então que chance tenho eu? Uma mera saxofonista amadora, viciada em astrologia e que curte Ray Charles?
Continua... (dãa)
.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

As férias de verão...

Capítulo 2
...passaram rápido demais. Se bem que pra mim não faz muita diferença. Eu não tenho lá uma vida tão agitada.
Eu vou á aula de sax três vezes por semana durante os últimos três anos, treino em casa, como pizza com a Selena e com a Holly, minhas melhores amigas e só. E não! Eu não sou uma anti-social como intitula a senhorita “perfeitinha” (Cady). Eu tenho amigas! Acontece que eu não falo com o tipo de pessoa que a Cady se relaciona (sabe como é, esse povo metido), e então ela fica me chamando de fracassada e de anti-social. Mas tudo bem, ás vezes tranco ela no armário quando meus pais não estão por perto.
Mas voltando ao assunto “férias”, bom, as minhas foram ótimas, principalmente porque eu dormi a maior parte do tempo. As aulas já haviam começado há uma semana e não havia nada de novo na escola. Infelizmente a Jamie ainda estava lá. Ela passou a metade do ano inteiro dizendo que ia fazer fotos pro catálogo teen do Victoria’s Secrets. Ela fez, então pensei na possibilidade dela se mandar pra um lugar onde pessoas como ela vivessem em um grupo maior. Que pena que não foi bem assim.
Depois de uma semana de chatice, lá estava eu na aula de literatura. O professor citava um poema de guerra com tanta raiva que chegava a cuspir no pessoal da frente. Quando decidi dar um cochilo (sim, eu amo dormir) eis que a co-diretora entra e entrega um papel pro professor, que tinha parado de cuspir, digo, falar, para ler.
O jardim da escola estava repleto de folhas espalhadas pelo chão. É o outono. Sabe, eu não me surpreenderia se nevasse aqui em São Francisco em pleno outono. É o aquecimento global e tal né. De repente essa história aí de aquecimento global é só pra fama de alguns artistas caírem um pouco. Quer dizer, ele tá mais conhecido do que a Madonna.
O Ned é fascinado por essa história de mudanças climáticas, rotação da terra, buraco negro e tal. Na escola dele (que é a mesma que a da Cady) ele é meio que um nerd. O pessoal é meio malvado com ele. Como na vez em que um bando de garotinhos da sétima série o encurralou e o obrigou a dizer que aquecimento global era um mito. Ele chegou em casa todinho roxo. É o que dá demorar tanto pra desistir dos seus ideais.
Ei, espera aí! Eu to dopada ou aquele que acaba de entrar na sala é o Ben Barnes? Opa, acho que ele tá aí há uns 5 minutos ouvindo a imensa mensagem de boas vindas do Sr. Kellog, e eu só reparei agora? Qual é! As folhas não são tão interessantes assim! Já posso até ver a baba das garotas da sala escorrendo. Eca!
Isso é meio que moda aqui na K. Polks. Chega um cara bonito e as garotas o idolatram! Qual é, cadê a dignidade hein? E além do mais, eu o vi primeiro, deveria estar me gabando, certo? E lá vem ele.
Sabe, reparando bem, o Ben não tem mais aquela cara de psicopata mirim. Pra falar a verdade, ele parece não estar afim de se enturmar, assim como eu quando entrei no colegial. Ele passou tanto tempo naquele colégio militar que fico pensando se ele está preparado pra voltar a viver em sociedade.
O Ned me dizia que eles tinham que acordar ás quatro da manhã pra ficar fazendo abdominais e corridas, tinham que arrumar a cama e deixá-las um trinque, a comida era horrível e eles tinham que comer sem reclamar e ainda por cima não podiam receber a visita de familiares. O que me faz pensar em que crime tão grave o Benjamin (nome real) fez pra ir pra um lugar que mais parece um presídio do que uma escola. Eu jamais conseguiria arrumar a minha cama tão bem! Vai ver ele preferia viver num convento. Deveriam ter lhe dado o direito de escolha.
Epa! Porque ele está sentando do meu lado? Qual é! Esse é o único lugar vago? Hum, e não que é?
- Licensa. – Ele disse do modo oculto mais mal educado de se pedir licensa pra se sentar ao lado de alguém, e logo depois arrastou a cadeira e sentou-se, fazendo uma cara de tédio mais tediosa do que a minha. Se bem que eu não faço cara de tédio, eu apenas durmo.
- Toda. – Eu disse, evitando olhá-lo. Pra começar, ele era um arrogante e pra terminar ele é um gato. Eu fico nervosa perto de caras bonitos. Ah, mas não faz tanta diferença assim, ele está me ignorando mesmo.
Na minha primeira aula de sax há uns três anos, meu professor percebeu o meu profundo desinteresse em musica instrumental. Na verdade eu queria fazer violão, mas as vagas haviam acabado e o sax foi uma opção pra não ter que aturar a minha mãe nas quintas-feiras, dia em que ela fica bem nervosa por causa do jantar com os meus tios e acaba descontando em todo mundo sua fúria por odiar os irmãos do meu pai.
Meu professor começou uma história dele pra tentar fazer com que eu gostasse de músicas instrumentais. Ele dizia que toda vez que uma situação parecesse estranha, chata, dramática ou até engraçada ele pensava na melodia que mais combinaria com o momento, pra que tudo se encaixasse.
De principio eu achei uma coisa bem idiota. Por que isso me faria gostar de música instrumental? E além do mais, seria como assistir ao entediante filme da minha vida com música mais entediante ainda. Mas aí eu comecei a fazer isso e até que gostei. Foi daí que veio a minha mania, até agora oculta, de imaginar jazz instrumental em cenas da minha vida.
Porque eu disse isso? Eu não sei, mas o Ben me ignorava tanto que acrescentar uma trilha sonora naquele capítulo da minha vida era impossível e patético.
E se fosse pra mim acrescentar, seria You Don’t Know What Love Is do Sonny Rollins. Aquele tipo de música em que a pessoa se sente tão invisível pra pessoa amada que chega a ser triste. Não que eu ame o Ben Barnes! É só um exemplo.
.
To muitoo feliz com os comentários que vocês deixaram! O que me incentivou a escrever mais e mais. :)
Que 2009 seja um ano maravilhoso pra todos vocês e que eu não me irrite tanto com essa mudança na gramática. Fazer o que, mudar faz parte, mas ainda estou tentando me convencer disso.
Beijooos