Sou bagunceira e me
faço de organizada. Odeio cumprimentar as pessoas com beijos no rosto e odeio cheiro de canela. Não, eu nunca entendi a graça em namorar só por namorar. Eu
não sei o que é estar SUPER apaixonada. Sempre preferi cortar o mal pela raiz,
não importava o que dissessem. Sou aicmofóbica.
Coleciono livros de todos os tipos em minha
escrivaninha e olho para o quadro de New York sempre que estou escrevendo. Gosto
de música velha, ou melhor, clássica. Cantores desconhecidos e trilhas sonoras
de filmes. Recordo das frases nos filmes e as repito sempre que quero
filosofar.
Eu amo o som do violão e do saxofone, me
trazem paz. Não sei assoviar e nem estralar os dedos. Não sou do tipo que
expressa meus sentimentos de maneira tão clara. Para alguns um enigma, para
outros apenas uma garota introvertida. Na verdade, sou uma caixinha de
surpresas, ora quietinha, ora faladeira.
Não sou fotogênica. Deixo a vida me levar, mas
sempre dou um jeitinho de fazer acontecer. Não acredito na perfeição, mas
acredito na felicidade. Sou fútil, vaidosa e ambiciosa. E quem não é? Julgo e
sou julgada, erro e admito. Aprendo com os erros dos outros e de vez em quando
com os meus.
Promovo debates inúteis, que sempre acabam em
risadas. Entendo que a felicidade é uma busca infinita que nunca chega a um
destino exato, mas continuo a procurá-la. Ligo mesmo quando deixam de me
procurar, e se não ligo é porque a coisa está feia. Rancor não é do meu feitio.
Considero “desculpe” uma palavra mágica quando dita com honestidade.
Minhas paixões platônicas transformam-se em
estórias, e as músicas na trilha sonora da minha vida. Não sou grande fã da
caligrafia, mas gosto das palavras. Considero o outono a estação mais bonita do
ano e adoro as roupas de inverno. Sou atrapalhada e minhas mãos tremem ao falar
em público. Faço piada de minha própria estupidez e rio das piadas dos outros,
até quando elas não têm graça.
Não sou boa em começar uma conversa, mas com o
estímulo certo a levo para um caminho interessante. Ás vezes supersticiosa e ás
vezes um pouco cética. Ainda levo em consideração teorias conspiratórias a
respeito do governo e de ordens secretas.
Meu desenho preferido é “O Rei Leão” e eu já
chorei assistindo “Procurando Nemo”. Choro em discussões sérias e detesto isso
em mim. Promovo a paz nas brigas entre amigos e muitas vezes sou honesta até
demais. Tenho meus momentos de hostilidade, mas sou um amor. Tento viver como
se o mundo fosse acabar amanhã, mas ás vezes um dia passa muito devagar.
Existo, vivo, sonho, corro atrás. Já desisti, e não morri. Já odiei, e não sou uma bruxa por isso. Briguei, perdi,
ganhei. Não é o fim do mundo. Eu continuo aqui, não é?
O tempo passa, o mundo muda e por vezes eu
também. Não espere de mim o mesmo comportamento o tempo todo. E por mais que eu
tente me definir, nunca conseguirei ao certo tal proeza. Eu sempre estarei em
transição. Sou uma metamorfose ambulante, entenda.