domingo, 5 de julho de 2009

Xô medo de arriscar!!

JESUSMARIAJOSÉ##.! O que há de errado com nossas cabeças? Sério, eu realmente gostaria de saber. Ontem eu finalmente acordei de uma dormência das melhores coisas da vida. Eu perdi realmente tanto tempo com medo de errar? A má notícia é que: Sim, eu perdi todo esse tempo. A boa? Eu também perdi esse medo.
Eu sempre acabava pensando naqueles futuros tristes de uma mulher solitária com apenas 27 gatos como razão de viver. Isso de certa forma me amedrontava, mas eu tenho que admitir que o medo que eu tinha de tentar novamente algo que já foi frustrante um dia era muito maior. O que é meio idiota, considerando que eu estava sempre disposta a tudo, mas na hora H a coisa era outra.
E sabe o que é mais legal? Valeu a pena. Está valendo até agora. Eu não sei bem se semana que vem vou ver tudo com os mesmos olhos apaixonados, mas o amanhã é amanhã e o hoje é simplesmente hoje.
Karina antes de me dar o maior presente que já recebi (te digo no final do post qual foi) disse: "Dani, estou te dando uma felicidade e uma decepção algum dia" e eu respondi: "É, mas se eu nunca tentar, vou continuar sempre do mesmo modo", o que até fez sentido já que eu estava completamente inconformada com a minha vida super dentro da rotina. Há um mês atrás eu pensava todos os dias em como as pessoas que eu conheci há tempos atrás evoluíram. Suas vidas foram levadas pra um rumo que eu nem sequer conhecia (e lá vem o pilantra do medo novamente) enquanto eu me via sempre parada no mesmo lugar. Vocês devem saber o que é isso. Algum de vocês. É uma sensação péssima, certo? Eu sei, acredite. Eu sei.
O fato é o que eu digo a vocês: 'Não tenham medo!'. O medo que temos de arriscar é só uma simples perda de tempo, porque se não tentarmos vamos mesmo estar quase que destinados a um futuro como o daquela mulher que tem 27 gatos como única coisa na vida.
Sei que estou sendo meio enigmática e vocês (talvez alguns de vocês) devam estar se perguntando: "O que aconteceu, afinal de contas?". Se for o caso, desculpe, mas vou continuar com o enigma, é divertido. A única coisa que posso lhe dizer é que Deus, juntamente com a Karina, me deram a oportunidade de, finalmente, viver!
Termino este post com uma simples palavrinha, que ás vezes, muda vidas:
Obrigada!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Um mundo por trás da minha porta

Quando eu comecei a ser menos anti-social com aquele meu jeito de “fique em casa direto”, eu passei a me divertir mais. Quer dizer, o mundo é enorme e se estar na pequena parte dele chamada Pirituba é irritante, imagine ficar na minúscula partezinha que minha casa representa nesse planeta o tempo inteiro!
Pra mim, estar em casa era fácil. Eu não tinha que encarar o olhar das pessoas (aqueles olhares feios), eu via o mundo apenas da televisão, a violência estava longe de mim e eu me sentia segura, já que é a minha casa e as pessoas com que eu convivo são as mesmas de dezesseis anos atrás.
Mas com o passar do tempo eu me sentia meio que excluída da “sociedade”. Quando meus irmãos começaram a fazer várias amizades na rua, aí é que o bicho pegou. Eu estava na minha casa, aquele meu lugar protegido de frustrações, mas também estava deixando de viver, perdendo amizades e com medo de como a realidade seria. Eu não era aquela garota super anti-social, mas vivia em conflito com algumas pessoas. Eu tinha amigas da escola, mas me sentia uma marciana quando elas falavam de coisas que eu nunca havia feito antes. Na adolescência essas coisas começaram a ficar evidentes. Se eu nunca tivesse feito algo que todo mundo havia feito eu seria uma piada.
Quando terminei o ensino fundamental e fui para o médio, as coisas pareceram melhorar ligeiramente. Quando me dei conta, a sala toda gostava de mim (ou quase toda). Até com os meninos eu havia feito amizade. Foi exatamente aí que eu comecei a me soltar mais. Tudo bem, eu não subi em cima da mesa e comecei a dançar, mas eu passei a me divertir bastante. Eu ria a toda hora e até que ir à escola não era tãao mortificante assim.
Eu continuo tendo aquela personalidade de menina séria, mas isso é só no começo, porque eu percebi que estar sempre no mesmo lugar e de cara fechada é tão chato que eu prefiro estar de bem com a vida e sem medo de encarar o mundo por de trás da porta da minha casa.
Acredite, é uma das melhores coisas.