segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Simplesmente Hayley

Capítulo 1

"John Coltrane é O BOM no sax. Quer dizer, o que seria do jazz sem o grande Coltrane? O que estou dizendo? Só o conheço há algumas horas. Idéia do meu professor de sax que disse que eu precisava conhecer mais os grandes nomes do sax. Acho que ele sente que está fazendo algo bom por mim nesse quesito, já que o único saxofonista que eu conheço é o Kenny G., e convenhamos que ele não gosta muito do Kenny. Sabe como é, tem essa história dele ser exibido, só porque ele gosta de ficar soprando a mesma nota durante 1 hora sem parar. Eu me pergunto como ele consegue tal proeza. Quer dizer, eu já tentei de tudo pra aumentar o meu fôlego. Desde o exercício básico de manter o papel na parede com o sopro, até o desespero de colocar a cabeça dentro de um balde d’água, o que não foi lá uma boa idéia já que minha mãe teve um surto e pensou que eu estava querendo me matar pra esquecer minha vida cretina (bom, foi assim que descreveu minha irmã).
Mas voltando ao Coltrane, aqui estou eu ouvindo sem parar o cd que meu professor me deu, quando na verdade eu deveria estar estudando biologia. Ah, pra quê eu preciso estudar isso? Eu não vou ser médica, nem bióloga e com certeza não vou precisar saber quais as células e nome dos ossos do meu corpo. Em compensação, minha mãe diz quase o mesmo do sax. Sabe como é, aquelas frases encorajadoras que só ela sabe me dizer: “Pra quê tocar isso? Você não vai virar uma grande lenda do jazz!” ou “Você devia se concentrar na matemática, pelo menos ela dá dinheiro ao contrário desse tal de saxofone que só faz eu gastar 15 dólares a cada vez que você quebra suas palhetas!”.
A única coisa que me deixa mais extasiada que o som do sax é o vizinho. Quer dizer, ele não é só um vizinho, ele é O vizinho. Na verdade, ele é o irmão mais velho do meu melhor amigo, Ned. O Ned tem treze anos e eu tenho dezesseis. O pessoal é meio maldoso é fica dizendo que eu estou tentando dar uma de pedófila pra cima dele, mas fala sério, o Ned é meu amigo desde que ele aprendeu a falar. Digamos que ele tinha 3 anos e eu 6. Minha mãe cuidava dele quando a mãe dele tinha que viajar por aí, já que ela é aeromoça, e eu acabava que tendo que ir também. E o resto é história. Uma história bem grandinha.
Bom, o fato é que eu só tinha visto o irmão do Ned quando nós dois tínhamos 9 anos. Eu nunca falei direito com ele, já que ele era meio doido. Sei lá, ficava me encarando com aquele olhar de criança homicida e comia giz de cera. Quando ele ia completar 10 anos, os pais dele o colocaram num colégio militar interno. Eu disse que ele era uma criança homicida!
Semana passada ele voltou. Agora ele é um jovem bonitão, com pinta de galã que faria as garotas da James K. Polks (escola que eu estudo) vibrarem. O nome dele é Ben, filho dos Barnes, o que o faz Ben Barnes, e que faz do Ned um Ned Barnes. Haha, que estranho.
Ah, que ótimo! Como se não bastasse minha mãe ficar reclamando do som do meu rádio, agora vem esse projeto de gente da minha irmã! Qual é o problema dessa garota? Tem treze anos e já parece uma louca batendo na minha porta como quem quer arrombar! Hum, espera aí, acho que é a intenção dela. Opa, isso não é muito bom.
- Hayley! Dá pra abaixar essa porcaria?! – Aliás, sou Hayley, prazer (:
- Dá pra parar de ser mala e dar o fora daqui?! – Eu disse depois de abrir a porta.
- Escuta aqui sua anti-social, eu tenho uma vida e estou tentando colocar ela em ordem aqui, tá legal? – Disse ela com o telefone na mão.
A Cady tem treze anos é já é a menina mais popular de sua escola. Ela conseguiu fazer em uma semana o que eu não consegui fazer em quatro anos: ser popular. Isso é meio constrangedor já que tem aquela história da irmã mais velha ser uma influência pra mais nova. A influência da Cady foi a Regina George de “Meninas Malvadas”, a influência que sobrou pra mim é a do que “nunca se deve ser”.
O Ned tem uma queda pela minha irmã, quer dizer, ele realmente é apaixonadíssimo por ela. Eu não sei bem porque, já que o que ela tem de chata, ela tem de metida. Ela é tipo assim, uma mini Jamie. Jamie é a metidona da escola. Talvez ela fizesse o tipo do Ben, ele é bonitão e ela se acha bonitona. Até na matemática, já que negativo com negativo é igual a positivo (vai saber se ele não continua sendo um garoto problemático).
- Ta! Eu baixo! – Eu disse por fim pra ver se a Cady calava a boca. Ela ainda tava falando alguma coisa mal educada enquanto eu pensava no Ben com a Jamie.
- Ótimo! – Disse ela antes de se virar e voltar a falar do “cara bonitinho da aula de química” com a Catherine, a amiga dela. E por falar nisso, como a Catherine, uma guria tão legal consegue aturar alguém tão chata como a ameba da Cady? Eis mais um mistério da vida."


Essa é uma história que andei escrevendo há um tempo. Segui a sugestão de uma leitora e aí está. Talvez tenha um 2º Capítulo. Enfim, espero que gostem.

Beijos. Feliz 2009 ;D


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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sim...A mente humana

Eu sempre me considerei uma pessoa que pensa demais. É como se eu fosse alguém que nunca conseguisse parar de falar, só que ao invés da fala eu penso. Eu tenho certa dúvidas sobre certas coisas. Por exemplo, só eu falo comigo mesma mentalmente? Sei lá, isso é meio normal, certo?
Quando me deito pra dormir, fico pensando em tanta coisa que nem sei da onde vem tudo. Do nada surge perguntas sobre coisas sem sentido e sem valor algum. Sem falar das vezes em que eu dou uma de "adolescente sonhadora" e me imagino ao lado de Ben Barnes (o Caspian de "As crônicas de Nárnia"). Eu sei, fantasioso demais. Acho que o fato de eu pensar tanto em histórias na minha cabeça, e acredite, foram muitas histórias, fez com que eu tivesse certo gosto em inventar situações novas e diferentes através da escrita. É sério. Se meu computador não tivesse sido formatado tantas vezes, eu ainda poderia ver as tantas histórias que já criei. Agora tenho algumas ainda. O meu problema com a escrita de histórias é que eu nem sempre consigo terminá-la (ok, nunca consegui).
A minha vontade é de quem as lêsse pudesse imaginar do jeito que eu imagino. Quer dizer, na minha cabeça tudo é tão emocionante! Sem falar nas vezes em que eu estou quase terminando e me dou conta de que ela ficou muito clichê, ou talvez muito fútil, sei lá. Não que eu tenha criado personagens patricinhas. Na verdade, minhas personagens são pessoas tipo eu. A diferença é que na história elas se expressam sem medo, o que, cá entre nós, não acontece comigo.
Mas mesmo com esse meu problema de histórias com começo mas sem fim, eu adoro imaginá-las. Pra mim a história tem que ter um foco central, senão vai ser muito normal e aí a graça vai pro brejo. E eis que no começo minha inspiração era enorme! Mas fui parando e perdendo a prática. Quem sabe não a recupero, sei lá.
O caso é que a mente humana é uma coisa louca. Pelo menos a minha. Quer dizer, eu posso afirmar que me enquadro naquela comunidade do orkut: "Pessoas Pensantes". Acontece que pra mim a realidade ás vezes parece ser chata demais. A solução é imaginar... Imaginar alto.
Beijos
Feliz Natal o//
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Doce Criança dentro de Mim

Nunca deixo de pensar em como a infância é a melhor época da vida. É que as crianças têm aquela pureza e inocência que ninguém mais tem.
É como no pré, quando um simples “Oi” gera uma amizade que em menos de 5 segundos aparenta ser de anos. As crianças não ficam pensando demais para fazer algo, elas simplesmente fazem. Sempre se impressionam com coisas que nós achamos meio que insignificantes, como por exemplo, uma bolha de sabão. Elas não têm aquela ambição enorme que consome o homem, que parece nunca estar satisfeito e vivem criando “Por quês” um atrás do outro.
Elas sorriem por estarem felizes de verdade, não por ter que tirar uma foto pra pôr no Orkut. Elas aceitam umas ás outras por que entre elas não existe preconceito, e se perguntariam o quê seria isso e talvez até dariam risada ao ouvir a resposta. Claro, porque é tão pura perda de tempo, certo? Aquela risada que contagia todo mundo, até mesmo aquela pessoa cabisbaixa que vive dizendo que a vida não têm sentido, até ouvir aquele riso que a faz sorrir.
Ás vezes eu sinto falta dessa época em que eu deitava no chão e brincava de adivinhar as formas das nuvens. Essa época que eu ria por qualquer besteira e que eu não tinha a menor pressa de crescer.
Época que ainda deixou sua marquinha de saudade em mim, e aposto que em você também.
1 Ano de Blog! Êe Maravilhaa!