terça-feira, 29 de novembro de 2011

4 anos de Break Out!




Uau, 4 anos de blog. Dá pra acreditar? Ainda lembro da época em que o Weblogger era mania e eu mudava de template 4 vezes por semana. Me achava uma gênia do computador só pelo fato de conseguir copiar e colar um código HTML só para ter um template da Sakura Card Captors (e em outras ocasiões, templates do Simple Plan, Charlie Brown e animes que nunca ouvi falar). Claro que eu sequer escrevia algo que preste. Na verdade eu não escrevia lhufas!
 Era um passatempo inútil, admito. Porém, acho que foi esta mania que eu tinha de fazer coisas inúteis como um blog sem conteúdo que preste, que me levou a fazer finalmente um blog que tinha mesmo algo de útil!
 Claro que meus primeiros posts não eram lá tão úteis. Detalhes da minha vida no fim do ensino fundamental os preencheram. Não era tão interessante, nem importante o bastante para que eu sentisse vontade de relembrar todos os anos quase miseráveis do ensino fundamental (quem diz que o ensino médio é um terror não sabe o que é estudar o fundamental no Jairo Ramos).
 Mas de lá pra cá aprendi e cresci muito. Gosto de ter toda a evolução de minha vida registrada nos posts. Foi através desse blog que comecei a sonhar em ser jornalista. Eu não era tão boa com as palavras, mas sabem como é, a prática leva à perfeição. Mesmo assim, por vezes eu sentia que escrever já era. Passava semanas e até meses sem postar. Seria motivo o bastante para excluir o blog na primeira crise de existência que aparecesse, já que nos antigos os únicos motivos que me faziam excluí-los eram os exageros que eu colocava no HTML. Mas eu não o fiz, sorte minha, diga-se de passagem.
 Quem me acompanhou me viu crescer. Recebi críticas boas, ruins e construtivas. Vibrei a cada comentário e conheci blogs de pessoas incríveis, extremamente talentosas, capazes de fazer com que eu me arrepiasse com suas palavras profundas e risse com seus textos bem humorados, seguidos de uma pitada de crítica social.
 E agora aqui estou eu, com 4 anos de blog. Chique, hã?
 Obrigado a todos que seguem e já seguiram o blog, até mesmo às pessoas que criticaram. Acredito que um escritor é movido pelas críticas, pois sem elas não há como melhorar, certo? É preciso saber onde erramos e o que as pessoas pensam sobre determinado assunto. É assim que formamos nossa própria opinião, com base no que já foi visto, considerado e analisado.
 Fico feliz em dizer que este é o capítulo que marca uma nova fase da minha vida. Este aniversário não é apenas mais um (principalmente pelo fato de eu finalmente lembrar a bendita data!). É um marco histórico, onde eu finalmente me comprometo com algo que gosto! HAHA. Isso, aliás, tornou-se freqüente, ao contrário de alguns anos atrás, onde eu só aparecia por aqui para jogar em cima dos leitores meus problemas e dramalhões adolescentes que, vendo melhor agora, não significavam quase nada.
 Esta, queridos fofuxissímos leitores, é a estrada que passo a seguir em direção à maturidade! E este blog, que me acompanhou por toda a jornada que realizei na estrada anterior (aquela cheia de espinhos, dramas adolescentes e delírios de uma garota que sempre sonhou, e ainda sonha, alto demais), vêm comigo. Não estranhem mudanças. Elas acontecem e continuarão acontecendo toda a hora.
 Mas as lembranças continuarão aqui.
FELIZ ANIVERSÁRIO, Break OUT!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Fazer o que te ASSUSTA



   A frase encontrada no começo do blog é praticamente uma das primeiras coisas a se observar ao acessar este meu simples templo de ideias. Para aqueles que me acharam genial, não achem. Ouvi a frase pela primeira vez em um filme, e tenho que dizer, adorei. Foi como encontrar uma frase genial em alguma música que parecesse definir sua vida. No meu caso, sem a parte do “definir a vida”. Eu, na verdade, sou totalmente oposta a ela. Uma cagona e covarde de primeira.
   Na verdade, eu sou tão cagona que até hoje deixo as pessoas passarem na minha frente na fila do banheiro. Não por bondade ou por não dividir do mesmo sentimento de “aperto” que elas possam estar carregando. Mas por ser ‘pacífica demais’, o que numa linguagem mais chula daria no mesmo que ser cagona.
    Mas a frase em questão parecia definir muito meu eu interior, implorando para sair. Mas a verdade é que tudo que saia de minha zona de conforto me incomoda.
   “Nossa, Dani! Você é o “único” ser humano a sentir isso”, vocês devem estar pensando. Bem, nada disso. Eu tenho completa ciência de que nós, seres humanos, temos tendência a nos incomodarmos com tudo aquilo que nos deixe consideravelmente desconfortáveis. É aí que está o perigo.
    Este maldito incômodo, que transforma pessoas adoráveis como eu em covardes cuja dignidade morre a cada dia todas as vezes em que uma ninfeta entra no banheiro que eu deveria entrar, é um atraso de vida. A solução mais fácil é fingir-se de muda e mostrar o dedo, mas até mesmo ela é um desafio.
    Por isso, caros leitores que não dispõe da maravilha do dom de “rodar a baiana”, eu proponho um desafio: transformar a frase em realidade. Fazer o que te assusta, seja andar numa montanha russa ou declarar-se para alguém.
    Tenho uma leve impressão de que os riscos desmedidos são exatamente o que fazem o mundo girar. Aquelas coisas que você faz sem pensar muito, sem esperar uma resposta exata, só para acabar de vez com as dúvidas, ou liberar a endorfina de prazer que sai ao declarar livre e alegremente: “É A MINHA VEZ DE USAR O BANHEIRO, SUA BISCATE!”.
     Liberemos a endorfina, a sensação de “dever cumprido”. Eu farei o mesmo. Tentarei fazer. Bem, quem sabe? Sou covarde, lembram?

...

domingo, 6 de novembro de 2011

Uma reflexão pessoal sobre as revoltas recentes na USP


 Um dos assuntos mais comentados tem sido a invasão do campus da USP por alunos que exigem a retirada da Polícia Militar do campus. Claro, pois servir e proteger a comunidade não significa nada se os estudantes não tiverem o direito de utilizar substâncias ilegais, certo?
 Honestamente, manifestações como essas, carregadas de hipocrisia, estão me tirando do sério. Para começar, voltemos à situação precária da educação pública. Imagino que uma universidade pública deveria, em sua maioria, ter estudantes de escolas públicas. Não desmereço outros estudantes, que apesar de possuírem um padrão alto de vida, esforçam-se para conseguirem as desejadas vagas nas melhores universidades públicas do país. Culpo, com o peito estufado, o governo brasileiro, que mesmo tendo o índice de impostos mais alto do mundo, não utiliza todo esse dinheiro na educação, e nem preciso citar o resto da coleção de falhas do “país do samba”.
 Exemplo disso é a situação absurda dos professores. Lembro de ler e ouvir em alguns lugares que a profissão de professor costumava ser uma das mais honradas e gratificantes, chegando a ficar no patamar de médicos e advogados. Mas conhecem o Brasil, certo? O tempo passa, e se por um lado a economia cresce e o país cresce junto, por outro a cada dez passos para frente, retrocedemos oito de forma contínua. Agora isso!
 Somos marionetes de um sistema que pune os pobres e beneficia os ricos, valoriza os incompetentes e menospreza a classe social de verdadeiros trabalhadores. Lutadores que enfrentam as lotações do transporte, o atendimento ruim nos hospitais públicos e outros tantos desafios de ser brasileiro.
 Que país maravilhoso, quase beirando ao caos, é esse? Onde os políticos são recompensados por sua corrupção, os humoristas são processados e presos por suas piadas e os estudantes burgueses de uma universidade pública “exigem” a retirada de PMs para que possam usufruir tranquilamente da maconha? Maconha, que é responsável por tirar a vida de milhares de jovens e adultos em todo o país, afinal, faço minhas as palavras de Matias*, “vocês não têm a menor noção de quanta criança entra pro tráfico e morre por causa de maconha e de pó”.
 Pois eis aí nossos futuros representantes, uma corja de jovens que possuem ideias e objetivos superficiais, escondendo-se atrás de “revoluções” hipócritas (Che Guevara deve estar se revirando no túmulo). E torcemos, meus caros brasileiros, para que a justiça seja feita, afinal, já chega de sustentar os burgueses mimados, cujos sonhos não são de uma revolução pacífica e libertadora, mas sim de uma vida de regalias sustentada por nós, meros mortais aqui, das classes baixas.