sábado, 24 de dezembro de 2011

NATAL



 O que as pessoas dizem esperar do Natal é simples: O amor e a união. O que as pessoas realmente esperam do Natal é contraditório ao que sai de suas bocas: Dinheiro, presentes, popularidade e um pouquinho daquela baboseira de "espírito natalino" seguido de uma bela lorota sobre Papai Noel.
 O que eu espero do Natal é basicamente nada. Essa coisa de espírito natalino não cola comigo. A bondade e os "parabéns" a Jesus são coisas que deveriam ser feitas durante todo ano. Então, a ideia de esperar 1 ano inteiro para praticar todo o "amor acumulado" durante esses 12 meses que se seguiram de promoções no trabalho, beijos despreocupados, um certo egoísmo e falta de educação, principalmente na tpm, e o fato de dormir pensando em ajudar alguém de alguma forma e acordar tão preocupado com o café da manhã que os pensamentos da noite anterior foram dissolvidos, só faz com que eu me agarre ainda mais à ideia de que o Natal não é uma data criada para comemorar a essência do feriado: Jesus.
 Somos super consumistas e vaidosos. Natal é a data de comprar roupa nova e socializar com uma galera, tirar fotos em lugares iluminados, com chapéus de papai noel na cabeça e um sorriso estampado no rosto. Se estiver em algum lugar cool, melhor ainda. E eu admito: eu adoro a parte das roupas e das fotos em lugares iluminados, tem a ver com nossa necessidade esquisita de sermos populares. Uma foto publicada no Facebook representa um: "Olhe pra mim! Olhe pra mim! Tenho uma vida ótima!", não é verdade?
 Mas convenhamos, comprar roupas e tirar fotos bacaninhas para o Face nunca se limitou à uma data para mim, então o Natal não passa de mais um daqueles feriados usados como desculpa para encher a cara e quebrar a dieta de 2 meses em um dia.
 O ponto alto de meu "especialíssimo" feriado foi assistir à "Esqueceram de mim 2" (que sempre me faz querer ir para Nova York ver as luzes de , que são bem mais interessantes do que as da Av. Paulista). Mas longe de ser uma espécie mais bonita e fashion de Grinch (modesta a garota, hã?), não estou aqui para criticar a data justamente na véspera dela, muito pelo contrário. Apesar de meio hipócrita, a ideia verdadeira do Natal é bonita, linda, digna de poesia. É onde as pessoas, não todas mas quase isso, amolecem seus corações e agem em favor dos outros, compartilham e vivem o amor em sua ideia mais pura.
Então, neste Natal eu desejo a todos, todos mesmo, muita felicidade e paz em suas vidas. E que Jesus, o anirversariante mais gente fina do mundo, permaneça em seus lares e corações não só por um dia, mas por todos os dias de suas vidas, e tenha fé, ele permanecerá. E também desejo que ninguém passe o Natal assistindo à Peter Pan, porque fala sério, ninguém merece, né!


domingo, 4 de dezembro de 2011

Someone like YOU




 É incrível como um sorriso pode esconder tantos sentimentos por trás dele. Eu devo ser boa em fingir, camuflar meus sentimentos de maneira que eles parecessem não existir. Eu adoraria que eles desaparecessem como num passe de mágica. Queria que os motivos que me obrigassem a esquecê-los fosse realmente engraçados, mas na verdade, agora, observando de perto e cada vez mais afastada da esperança que me mantinha em pé, é doloroso.
 Um momento de coragem e depois nada. Eu fiz aquilo que me assustava e recebi a pior resposta de todas. Não pela resposta em si, mas pelo o que ela representava. Um sonoro, honesto e imenso “NÃO” que eu não poderei esquecer. Ela havia matado todas as esperanças que pulavam alegremente a cada pulsar do meu coração ao murmurar as palavras que rondavam tanto minha mente nos últimos meses.
 Era tão óbvio que eu iria esquecer e seguir em frente. Mas o que deveria ter sido só mais uma situação bizarra que poderia me inspirar a escrever crônicas humorísticas tornou-se outro peso. No final das contas, eu ainda não havia superado meus medos. As palavras que usei não haviam sido suficientes. Havia muito mais acumulado aqui dentro, palavras que eu nem cogitava estar aqui.
 E agora estou a me torturar com músicas e pensamentos do que poderia ter acontecido. Presa novamente e com um medo fora do comum de arriscar. E isso só me faz perceber que as coisas eram tão mais simples quando eu as achava complicadas. Bem, prove o gosto delas e verá o que realmente é complicado.
 Agora eu preciso sair, conhecer gente, rir, enxergar a vida com novas perspectivas, deixar o passado para trás. Eu preciso seguir em frente de uma maneira que eu nunca segui antes. Preciso esquecer do fato de ter o destino apontando para mim e rindo, superá-lo. Preciso ouvir as canções e encará-las apenas pelo o que elas são: canções, e não histórias que apenas relembram momentos tortuosos de quando eu ainda possuía esperanças.
 Eu preciso rir e fazer piada da vida, sair do tédio de permanecer no escuro, como um ponto cinza no meio da multidão. Eu preciso...Mas prometo, eis aqui meu último desabafo sobre isso.



 “Às vezes o amor dura, mas às vezes, fere.”

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A FOTO


 São 6 da manhã. Ela mal acordou e o despertador já estragou seu dia enquanto cantava alegre e irritantemente uma versão mais "cool" de "One Love" regravada pelo Glee. Como se não fosse o bastante, a espinha que estourou na noite passada criou vida, e uma casquinha também. Exagerada do jeito que é, já foi longo pensando que estava sofrendo de uma hemorragia, mas não importa, porque no final das contas a sua grande preocupação não era morrer sangrando e sim morrer com a marca da maldita espinha bem na ponta de seu nariz. Foi até inevitável fazer uma comparação com aquela rena famosa do Papai Noel, cujo nome não me recordo (se bem que provavelmente eu não faço ideia do nome).
 Revoltada demais pra ligar para qualquer outra coisa, seu primeiro pensamento sã ao se olhar no espelho depois da catastrófica figura de um alien nascendo em seu nariz foi "Aparência é uma droga! Vou sair baranga mesmo!". E mesmo sendo a pessoa mais vaidosa do mundo, a preguiça de estar apresentável para o mundo exterior era tão grande que se convenceu de que realmente acreditava naquilo. HAHA, pobre tola.
 Ao abrir a porta de casa, viu o tempo fechado e a chuva fina cair incessavelmente. Saiu na chuva mesmo, afinal, não era de açúcar. Também considerou o fato de seu cabelo já estar uma droga e que nada no mundo seria capaz de piorá-lo.
 Pegou carona com a moça da auto escola, torcendo para que o dia passasse rápido o bastante para voltar para sua cama quentinha. Chegou no "agradável" Detran, onde as pessoas não eram sorridentes e nem simpáticas. Na verdade, eram todas mau-humoradas. Mas as entendeu, pois naquele momento ela era uma dessas pessoas.
 Para melhorar seu humor, chegou 2 horas antes do marcado para seu cadastro. Passou as duas horas observando pessoas indo e vindo numa fila em sua frente, ouvindo reclamações da meia idade sobre a falta de respeito que rolava com o horário e tomando banho da chuva fina que insistia em ir e vir. Ela poderia muito bem ter ido para o outro lado, onde havia um teto para protegê-la contra a chuva, mas estava ocupada demais disputando o lugar da frente com qualquer um que se achasse espertinho o bastante para lhe passar a perna.
 "Depois do barraco com o segurança do shopping?? Haha, sem chances!", pensava lembrando orgulhosa de um dos momentos mais constrangedores e corajosos de sua vida ao enfrentar um segurança de shopping que havia se colocado em sua frente enquanto descia a escada rolante pelo lado que sobe. Sim, ela se orgulhava disso.
 Finalmente, havia chegado sua vez. Entrou, passou pela primeira mesa e assinou o que tinha de assinar. Mais uma senha, mais um minuto de espera. Seu nome foi chamado. Senha 26, mesa 12. Sentou-se e cumprimentou a moça, que diga-se de passagem, parecia ter levado um pé na bunda do namorado devido à sua nada agradável expressão ao dar-lhe "Bom dia".
 RG aqui, assinaturas ali, impressões digitais acolá e tudo parecia finalmente acabar. Levantou-se aliviada, mas foi repreendida. Faltava algo mais.
 "A foto, moça!".
 O desespero tomou conta. "Foto?! Que foto?!", pensou enquanto olhava para os lados neuróticamente pensando em como escapar daquilo. "Só vai levar um minuto", disse a moça. Pois bem, sentou-se novamente, olhou para a câmera que parecia sorrir diabólicamente para ela, e antes que pudesse pensar em arrumar o cabelo encolhido de chapinha rapidamente, o flash disparou.
 "Confira a foto que vai para sua habilitação", disse a mal-humorada.
 O terror tomou conta da garota. Não podia ser! Aquilo a aterrorizaria por toda a vida. Seria motivo de chacota e sua estima abaixaria sempre que alguém pedisse para ver sua habilitação. Ela não poderia tirá-la da carteira de maneira orgulhosa para esfregar na cara dos outros que TINHA uma carteira de motorista, e nem usá-la no mercado ou em outro lugar qualquer quando pedissem para ver um documento de identificação.
 Era assim que seria reconhecida ao olharem sua habilitação: rosto inchado, cara de sono, cabelo bagunçado e encolhido e uma expressão que poderia muito bem dizer "kill me, bitches!". Era a foto perfeita... Para uma ficha criminal.

P.S: Vocês NUNCA verão essa foto.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

4 anos de Break Out!




Uau, 4 anos de blog. Dá pra acreditar? Ainda lembro da época em que o Weblogger era mania e eu mudava de template 4 vezes por semana. Me achava uma gênia do computador só pelo fato de conseguir copiar e colar um código HTML só para ter um template da Sakura Card Captors (e em outras ocasiões, templates do Simple Plan, Charlie Brown e animes que nunca ouvi falar). Claro que eu sequer escrevia algo que preste. Na verdade eu não escrevia lhufas!
 Era um passatempo inútil, admito. Porém, acho que foi esta mania que eu tinha de fazer coisas inúteis como um blog sem conteúdo que preste, que me levou a fazer finalmente um blog que tinha mesmo algo de útil!
 Claro que meus primeiros posts não eram lá tão úteis. Detalhes da minha vida no fim do ensino fundamental os preencheram. Não era tão interessante, nem importante o bastante para que eu sentisse vontade de relembrar todos os anos quase miseráveis do ensino fundamental (quem diz que o ensino médio é um terror não sabe o que é estudar o fundamental no Jairo Ramos).
 Mas de lá pra cá aprendi e cresci muito. Gosto de ter toda a evolução de minha vida registrada nos posts. Foi através desse blog que comecei a sonhar em ser jornalista. Eu não era tão boa com as palavras, mas sabem como é, a prática leva à perfeição. Mesmo assim, por vezes eu sentia que escrever já era. Passava semanas e até meses sem postar. Seria motivo o bastante para excluir o blog na primeira crise de existência que aparecesse, já que nos antigos os únicos motivos que me faziam excluí-los eram os exageros que eu colocava no HTML. Mas eu não o fiz, sorte minha, diga-se de passagem.
 Quem me acompanhou me viu crescer. Recebi críticas boas, ruins e construtivas. Vibrei a cada comentário e conheci blogs de pessoas incríveis, extremamente talentosas, capazes de fazer com que eu me arrepiasse com suas palavras profundas e risse com seus textos bem humorados, seguidos de uma pitada de crítica social.
 E agora aqui estou eu, com 4 anos de blog. Chique, hã?
 Obrigado a todos que seguem e já seguiram o blog, até mesmo às pessoas que criticaram. Acredito que um escritor é movido pelas críticas, pois sem elas não há como melhorar, certo? É preciso saber onde erramos e o que as pessoas pensam sobre determinado assunto. É assim que formamos nossa própria opinião, com base no que já foi visto, considerado e analisado.
 Fico feliz em dizer que este é o capítulo que marca uma nova fase da minha vida. Este aniversário não é apenas mais um (principalmente pelo fato de eu finalmente lembrar a bendita data!). É um marco histórico, onde eu finalmente me comprometo com algo que gosto! HAHA. Isso, aliás, tornou-se freqüente, ao contrário de alguns anos atrás, onde eu só aparecia por aqui para jogar em cima dos leitores meus problemas e dramalhões adolescentes que, vendo melhor agora, não significavam quase nada.
 Esta, queridos fofuxissímos leitores, é a estrada que passo a seguir em direção à maturidade! E este blog, que me acompanhou por toda a jornada que realizei na estrada anterior (aquela cheia de espinhos, dramas adolescentes e delírios de uma garota que sempre sonhou, e ainda sonha, alto demais), vêm comigo. Não estranhem mudanças. Elas acontecem e continuarão acontecendo toda a hora.
 Mas as lembranças continuarão aqui.
FELIZ ANIVERSÁRIO, Break OUT!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Fazer o que te ASSUSTA



   A frase encontrada no começo do blog é praticamente uma das primeiras coisas a se observar ao acessar este meu simples templo de ideias. Para aqueles que me acharam genial, não achem. Ouvi a frase pela primeira vez em um filme, e tenho que dizer, adorei. Foi como encontrar uma frase genial em alguma música que parecesse definir sua vida. No meu caso, sem a parte do “definir a vida”. Eu, na verdade, sou totalmente oposta a ela. Uma cagona e covarde de primeira.
   Na verdade, eu sou tão cagona que até hoje deixo as pessoas passarem na minha frente na fila do banheiro. Não por bondade ou por não dividir do mesmo sentimento de “aperto” que elas possam estar carregando. Mas por ser ‘pacífica demais’, o que numa linguagem mais chula daria no mesmo que ser cagona.
    Mas a frase em questão parecia definir muito meu eu interior, implorando para sair. Mas a verdade é que tudo que saia de minha zona de conforto me incomoda.
   “Nossa, Dani! Você é o “único” ser humano a sentir isso”, vocês devem estar pensando. Bem, nada disso. Eu tenho completa ciência de que nós, seres humanos, temos tendência a nos incomodarmos com tudo aquilo que nos deixe consideravelmente desconfortáveis. É aí que está o perigo.
    Este maldito incômodo, que transforma pessoas adoráveis como eu em covardes cuja dignidade morre a cada dia todas as vezes em que uma ninfeta entra no banheiro que eu deveria entrar, é um atraso de vida. A solução mais fácil é fingir-se de muda e mostrar o dedo, mas até mesmo ela é um desafio.
    Por isso, caros leitores que não dispõe da maravilha do dom de “rodar a baiana”, eu proponho um desafio: transformar a frase em realidade. Fazer o que te assusta, seja andar numa montanha russa ou declarar-se para alguém.
    Tenho uma leve impressão de que os riscos desmedidos são exatamente o que fazem o mundo girar. Aquelas coisas que você faz sem pensar muito, sem esperar uma resposta exata, só para acabar de vez com as dúvidas, ou liberar a endorfina de prazer que sai ao declarar livre e alegremente: “É A MINHA VEZ DE USAR O BANHEIRO, SUA BISCATE!”.
     Liberemos a endorfina, a sensação de “dever cumprido”. Eu farei o mesmo. Tentarei fazer. Bem, quem sabe? Sou covarde, lembram?

...

domingo, 6 de novembro de 2011

Uma reflexão pessoal sobre as revoltas recentes na USP


 Um dos assuntos mais comentados tem sido a invasão do campus da USP por alunos que exigem a retirada da Polícia Militar do campus. Claro, pois servir e proteger a comunidade não significa nada se os estudantes não tiverem o direito de utilizar substâncias ilegais, certo?
 Honestamente, manifestações como essas, carregadas de hipocrisia, estão me tirando do sério. Para começar, voltemos à situação precária da educação pública. Imagino que uma universidade pública deveria, em sua maioria, ter estudantes de escolas públicas. Não desmereço outros estudantes, que apesar de possuírem um padrão alto de vida, esforçam-se para conseguirem as desejadas vagas nas melhores universidades públicas do país. Culpo, com o peito estufado, o governo brasileiro, que mesmo tendo o índice de impostos mais alto do mundo, não utiliza todo esse dinheiro na educação, e nem preciso citar o resto da coleção de falhas do “país do samba”.
 Exemplo disso é a situação absurda dos professores. Lembro de ler e ouvir em alguns lugares que a profissão de professor costumava ser uma das mais honradas e gratificantes, chegando a ficar no patamar de médicos e advogados. Mas conhecem o Brasil, certo? O tempo passa, e se por um lado a economia cresce e o país cresce junto, por outro a cada dez passos para frente, retrocedemos oito de forma contínua. Agora isso!
 Somos marionetes de um sistema que pune os pobres e beneficia os ricos, valoriza os incompetentes e menospreza a classe social de verdadeiros trabalhadores. Lutadores que enfrentam as lotações do transporte, o atendimento ruim nos hospitais públicos e outros tantos desafios de ser brasileiro.
 Que país maravilhoso, quase beirando ao caos, é esse? Onde os políticos são recompensados por sua corrupção, os humoristas são processados e presos por suas piadas e os estudantes burgueses de uma universidade pública “exigem” a retirada de PMs para que possam usufruir tranquilamente da maconha? Maconha, que é responsável por tirar a vida de milhares de jovens e adultos em todo o país, afinal, faço minhas as palavras de Matias*, “vocês não têm a menor noção de quanta criança entra pro tráfico e morre por causa de maconha e de pó”.
 Pois eis aí nossos futuros representantes, uma corja de jovens que possuem ideias e objetivos superficiais, escondendo-se atrás de “revoluções” hipócritas (Che Guevara deve estar se revirando no túmulo). E torcemos, meus caros brasileiros, para que a justiça seja feita, afinal, já chega de sustentar os burgueses mimados, cujos sonhos não são de uma revolução pacífica e libertadora, mas sim de uma vida de regalias sustentada por nós, meros mortais aqui, das classes baixas.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Liberdade na nova geração


Nada é mais como há 20 anos. Em todo o momento somos bombardeados de novas informações. Criou-se uma consciência maior com o meio ambiente e certa dependência em estarmos sempre conectados nas redes sociais. A geração ganhou até nome, a chamada "Geração Z". Comparada às gerações passadas, respiramos liberdade ao mesmo tempo em que nos sentimos presos a uma sociedade cujo jovem é visto como o futuro da nação.

O Estatuto da Criança e do Adolescente é claro quando determina que o jovem tem direito à cultura, ao lazer, à dignidade, ao respeito e entre tantos outros direitos, à liberdade. Mas o modo como esta liberdade é explorada é um assunto delicado. Soltar totalmente às rédeas é dar espaço para o descontrole da sociedade. Jovens são revolucionários? Claro. O futuro? Sem dúvida. Merecem autonomia, sim, assim como qualquer outro ser humano. Mas nessa fase da vida, onde são lidadas tantas questões que parecem definir todo o resto de suas vidas, a maturidade ainda está em fase de construção. A palavra "liberdade", que define o caminho por onde passam todas as escolhas de uma pessoa, deve vir sempre seguida de disciplina.

Porém, é preciso sempre analisar o limite entre disciplina e tirania. Investir em projetos de leis que façam as pessoas sentirem-se presas é assinar um atestado de desconfiança. Muitos não entendem a cabeça dos jovens. O que passará por ela diante de medidas extremas é basicamente "Não sou confiável o bastante para tomar minhas próprias decisões?".

Dessa forma, é preciso que entendamos que a proibição não é a melhor forma de tratar aqueles cujo futuro está em mãos. A melhor maneira de construir uma nação mais desenvolvida, segura e harmoniosa está no investimento justo à educação e à cultura, despertando a paixão pela revolução que o jovem tem nas veias. Deixando de tratá-lo apenas como outro qualquer e direcionando-o no caminho certo.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Expectativas, não espere por elas

John Lennon disse uma vez que a vida é o que acontece enquanto fazemos planos. E de fato, quem consegue viver sem planejar? Eu era adepta a esse clube. Ansiosa e super organizada até demais. Tinha dias que o simples fato de não riscar o calendário me incomodava. Algo fora do plano e eu enlouquecia, como se tudo tivesse ido por água abaixo. De uns tempos pra cá tenho aprendido a lição. E confesso, está sendo meio doloroso.

Sou daquelas que quando colocam algo na cabeça, inventa um mundo onde todas as possibilidades favorecem a tal coisa. Costumava ser divertido na 7ª série, quando imaginar minha vida daqui a dez anos era mais interessante do que vivê-la, de fato. Agora é complicado, frustrante e por muitas vezes decepcionante. Sim, meus caros. Eu falo dela: a expectativa.

Uma de minhas frases preferidas está na letra de uma canção da banda Paramore. “Mantenha seus pés no chão enquanto sua cabeça estiver nas nuvens” esteve em meu nickname do MSN por bastante tempo. A mensagem era inteligente, interessante e principalmente: um alerta. Claro que teimosa do jeito que sou ignorei o tal aviso por um bom tempo. Quem ligava? Era só uma frase em uma canção.

A frase fez todo sentido um tempo depois. Uma das piores coisas da vida é idealizar demais algo e logo depois decepcionar-se. E no final das contas, mesmo culpando o mundo inteiro por isso, o culpado é sempre você. Apenas você. Nunca me disseram, mas a imaginação apesar de não ter limites, deveria ter. E eu não digo isso de uma maneira melancólica, na verdade, sou totalmente fã da imaginação. O grande problema foi que eu simplesmente esqueci os limites. Faço isso às vezes. Fiz isso hoje.

Expectativas. Penso seriamente em tirar esta palavra de meu vocabulário, afinal, se você não joga não têm como perder, certo? E bem, se isso parece covarde ou deprimente, que seja. Nesse caso, prefiro dar razão ao Lennon. Por que não acreditar nesse simples e sutil estilo de vida? Parar de planejar tanto e começar a agir. Que tal?

Bem, talvez em algum momento da minha vida eu finalmente perceba que as coisas realmente acontecem quando devem acontecer. E talvez quando estas tais coisas acontecerem, eu esteja alerta o bastante para lembrar de “manter os pés no chão enquanto minha cabeça estiver nas nuvens”.

domingo, 17 de julho de 2011

Carta ao futuro dono do meu coração


Tenho pensado muito em você. Estranho, pois você não me conhece e eu também não te conheço, ainda. E mesmo assim você consegue invadir meus pensamentos, meus sonhos. Apoderar-se de parte significativa de meus desejos mais profundos.
Eu não te conheço, mas você já me tem nas mãos. Já possui a garantia de que olharei apenas para você, pois estou guardando meu olhar 43 para o homem que conquistar meu coração. Engraçado, mais uma vez você já o fez. Inconscientemente, em algum lugar, ele já está conquistado, esperando apenas um empurrãozinho do destino, um alerta de “É hora de se apegar”. Mas não pense que vai ser moleza, minha cabeça e meu coração trabalham em repartições diferentes. Não gostam de se misturar, e tendem a discutir muito. É difícil fazê-los chegar a um acordo. Mas acredito que você conseguirá, afinal, deve haver algum motivo especial que te faça ser especial.
Já te idealizei muito. Por vezes chegava a ser perfeito demais, o que te deixava entediante. Outras vezes era aquele que quebrava meu coração quase sem querer. Depois de fazê-lo em pedaços, você dava seu jeitinho de juntá-los novamente e permanecer em minha cabeça.
Agora já nem sei mais. Eu realmente não te conheço, e tenho evitado idealizações novamente. Elas sempre acabam perdendo feio para a realidade. Eu costumava cair alto demais depois de fazer de você um arranha-céu. Continuei inteira sabe lá Deus porquê. Foi por isso que parei de esperar por sua versão da perfeição. Ela não era real.
Fique sabendo que me bastará ser cuidada, pra variar. Aceitarei seu casaco quando sentir frio, seus abraços quando eu estiver triste e suas cócegas quando tentar me animar. Em troca, lhe darei o mesmo com uma porção extra de amor, carinho e paixão. Eu irei te fazer feliz, acredite.
Mas e você? Me fará feliz também? Irá segurar minha mão quando eu estiver prestes a desabar? Estará comigo quando tudo que eu precisar for um sorriso seu? Você irá me aceitar quando o mundo não conseguir?
Espere! Não me responda, ainda. Ou melhor, não me responda apenas com palavras. Responda-me com atitudes. Aqueles pequenos gestos que parecem não dizer nada, mas dizem tudo. Daí, você não precisará dizer nada, pois eu já saberei.
Ah, e não esqueça: quando nos conhecermos pessoalmente, me faça rir. É quando meu coração e minha cabeça dão uma trégua. Mas até lá, não se importe em curtir sua vida pra valer sem mim, pois farei o mesmo sem você. A verdadeira história começará quando ambos apertarmos as mãos dizendo: “Prazer em conhecê-lo”. O primeiro capítulo ainda será escrito.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

STAY STRONG

Sempre tive a ideia de que as coisas acontecem por um motivo. E elas acontecem mesmo. Elas acontecem...Acontecem, certo? Sinceramente, não tenho mais certeza.
Tudo sempre pareceu ter algum motivo oculto: um processo de aprendizagem, de fortalecimento, uma batalha que nos levará a algo melhor. Agora eu simplesmente não sei. Ou talvez eu saiba. Bem, enquanto a confusão rodeia minha cabeça, ouço o choro de minha irmã no quarto ao lado.
Ainda estou a pensar que a vida tem caminhos tão diversos, e todos eles são rodeados por questões tão complexas. Podíamos desistir a qualquer momento com um simples ato de desespero, mas não desistimos. Gosto da ideia de ter Alguém cuidando de nós. Mantendo-nos fortes, cuidando para que não deixemos a paciência chegar ao limite, nos ensinando limites. O que acontece exatamente quando perdemos esse limite?
Fico pensando na onde estaria a coragem acumulada de forma descontrolada por um jovem que decide jogar-se do 12º andar. Desejando que essa coragem fosse usada de forma menos trágica. Que fosse usada para olhar os caminhos complexos que a vida nos faz enfrentar e usá-la justamente para isso: enfrentá-los! Onde estava essa coragem quando ele estava frente a frente com as dificuldades?
Um suicídio. É o tipo de notícia que nos faz dar valor a vida, mas não apenas isso. Há um mix de sentimentos que não podem ser explicados. Eu não o conhecia, mas ao ver a dor de minha irmã, sinto uma leve pontada no coração. Também não deixo de pensar que nada é o que parece. Que as opiniões e conceitos podem ser mudados, que tudo pode virar de cabeça para baixo, que quando pensamos conhecer a vida, não conhecemos nem metade.
A verdade é que nem tudo é bonito. Nem tudo são apenas sentimentos e momentos bons que escrevemos em nossos blogs. O sol não brilha para todos. Neste momento, a esperança acabou para alguém. O que nos mantém fortes e em pé é a misericórdia de Deus. Mesmo assim, por vezes nos sentimos tão sós e fracos que nada mais parece ter sentido.
A mensagem que quero transmitir é: Não se renda. Deus está presente até mesmo quando tudo parece estar perdido.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Diga que vai me amar amanhã de manhã


Ela o observava atentamente enquanto acariciava seu cabelo. Deitado com a cabeça em suas pernas, ele dormia num sono suave. Charlotte sentiu-se ligeiramente boba pelos pensamentos que rodeavam sua cabeça. Há um mês, jamais permitiria tais pensamentos apaixonados. Sempre achou um exagero a descrição de sentimentos que os casais demonstravam, principalmente a quantidade ‘extrema’ de amor nos livros. Talvez por isso tenha se recusado a ler um romance desde os 13 anos.
Aliás, a última vez que permitira se apaixonar havia sido por um ator canadense de um drama pós-guerra que assistiu num festival de filmes antigos. O sujeito devia ter uns 95 anos hoje, mas em 1969 era um baita de um galã.
Mas porque ela se esquivava tanto do amor? Na verdade, odiava a ideia de ficar com alguém por conveniência, sem sentir nada demais. Apesar de não ser fã dos livros românticos, sempre teve curiosidade em saber como era sentir-se daquela maneira, como se houvesse encontrado no amor alguém pelo qual valia à pena dedicar sua vida. Mas era muito ligada à realidade. Depois de uma pesquisa feita por si mesma, concluiu que as chances de se encontrar alguém que tivesse o poder de despertar tamanha alegria descrita nos livros, nos roteiros de cinema e nos comerciais de TV eram de 1 em 1 milhão. Talvez no meio do caminho as pessoas pensassem ter encontrado esta raridade, mas a verdade é que um tempo depois percebiam ter se enganado. Aquilo não era amor. Essa era a conveniência que a incomodava.
Mas naquele momento, enquanto todos os pensamentos bobos passavam por sua cabeça, viu sua teoria de anos desaparecer. Suas chances eram apenas de uma em um milhão, mas lá estava ela diante do amor de sua vida. Só podia ser sonho. A realidade não seria tão gentil com ela, seria?
Ora, pois ele poderia muito bem estar sonhando com outra. Talvez tirasse a aliança sempre que entrasse no carro para trabalhar, sorrisse para uma garota bonita e mais nova. Deve ter desejado nunca mais vê-la quando discutiam, ou pensasse em como seria sua vida se ainda fosse solteiro.
Ficou insegura. Ele podia ser o amor de sua vida, com toda certeza, mas seria ela o amor da vida dele? Ele daria sua vida por ela do modo como ela ofereceu a dela?
Charlotte mordeu o lábio, pensativa e apreensiva. Desejou que aquele momento fosse eterno. Ela estava diante do maior terror, mas ao mesmo tempo da maior maravilha de sua vida. Poderia perdê-lo a qualquer momento, seu amor podia não ser o suficiente. Era isso, ela havia se tornado dependente de uma baboseira romântica. Seus sentimentos haviam tornado-se maiores do que sua razão. Havia cometido o erro de tornar-se um dos personagens que tanto ridicularizava.
Enquanto pensava em todas as possibilidades de fracasso de seu casamento, Charlotte foi surpreendida pelo sorriso de seu marido, que a olhava maravilhado. Foi quando soube: o amor de sua vida fazia dela a mulher de sua vida.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Carta aos preconceituosos de plantão


Falar sobre preconceito nunca é clichê. O que, convenhamos, é um saco. O preconceito em si deveria ser clichê. E bem, ele é para as pessoas sensatas, informadas, modernas, humildes e HUMANAS. Humanas de verdade mesmo. Estou farta de ver e ouvir todos os absurdos que tenho ouvido. A maior parte do que ouço vêm com a famosa desculpa: “Ah, relaxa. É brincadeira”. Não sou chata, não sou estraga prazeres. Adoro uma piada, uma brincadeirinha. Mas brincadeiras à parte, tem uma coisa que chamamos de NOÇÃO. Aquela coisinha que devia nos impedir de agirmos feitos completos irracionais presunçosos, sabe? Além do mais, tenho pelo menos meia dúzia de ditados que poderia usar para descrever minha tamanha revolta com certas brincadeiras. Gosto de usar o famoso: “Costume de casa vai à praça”.
O crescimento do ser humano começa na cabeça, certo? Então é, no mínimo, impressionante ver pessoas que planejam grandes coisas para suas vidas serem donas não apenas de ambição, mas também de preconceitos. Contra a ambição, eu? De jeito nenhum! Sou total a favor daquela ambição saudável, afinal, querer uma vida boa virou crime, por acaso?
O grande problema está na falta de humildade. Tem muita gente por aí pisando nos outros para se sentir melhor, baseando-se no que a imagem têm a oferecer e não no conteúdo. Pessoas que nunca devem ter ouvido o tal do “não julgue um livro pela capa”. Para pessoas assim, eu serei obrigada a transmitir más notícias: Você não é perfeito. Não há melhor nem pior. Do pó viemos, ao pó voltaremos, lembra disso? Experimente ler um livro, estudar um pouco de história, conhecer quem você critica por não ser o ideal de beleza que você criou em sua cabeça. Aliás, por que essa vontade descontrolada de ideal de beleza? As diferenças existem, filho! A beleza é tão passageira quanto às mudanças de humor de uma mulher com uma TPM brava.
Quer uma dica? Duas palavrinhas pra você: Conhecimento e Informação. Querido, ignorância está fora de moda. Faça uma limpeza geral em seus conceitos e jogue fora tudo aquilo que não presta: preconceito, futilidade, inveja, arrogância, presunção. Aproveite para incluir uma lavagem a seco em suas opiniões ultrapassadas e peça de brinde um pouquinho de humildade. Daí, quem sabe ao invés de cultivar coisas ruins você não acabe cultivando o que há de bom na vida, hã? Dinheiro, beleza...Tudo isso passa. Ao contrário de seus valores, que serão eternos. Te acompanhará por toda sua vida e até depois da sua morte.
Aliás, um pouquinho de respeito não faz mal a ninguém, não é mesmo? Pra você, que tal um POUCÃO de respeito? Não fazer com os outros o que não quer que façam com você faz todo sentido. Já se imaginou sendo desrespeitado por si mesmo? Você não agüentaria, acredite.
Deixo pra você, meu querido, as boas vindas ao mundo dos sensatos, caso tenha decidido mudar de postura. Mas se resolveu continuar do mesmo jeitinho, piorando a cada dia, deixo o meu “Boa sorte” e um lembrete que espero que você não se esqueça: Tudo que vai, volta.


* Todos os ditados populares citados acima são de fonte exclusiva da melhor mãe do mundo: a minha (HAHA).

domingo, 22 de maio de 2011

Bad reputation


Demi atravessou a porta da sala e se viu cercada de olhares de surpresa e espanto. Tentou fingir que nada demais havia acontecido. Era apenas a mesma Demi entrando pela mesma porta de sempre, com as mesmas pessoas mesquinhas e superficiais de sempre. Mas ela sabia bem que aquilo não era verdade.
As pessoas eram as mesmas sim, suas atitudes provavelmente não haviam mudado no tempo em que ela permaneceu fora. Provavelmente, com sua rápida saída de lá, trataram logo de procurar outro para encherem de insultos e abalarem sua confiança. “Eles não fazem por mal”, dizia seu lado bom, que tentava convencê-la de que perdoar é viver.
“Claro que não.” – Pensava ela, em contrapartida – “Fazem por que suas vidas são podres demais. Machucar os outros os impede de serem machucados.”.
A Demi que atravessou aquela porta era outra. É claro que eles estavam chocados. Foi difícil reconhecê-la sem o aparelho, os óculos e com a proporção de seu corpo bem mais magro. O visual de “dane-se” que ela havia adotado não era nada comparado à sua nova postura. Dava para se perceber somente de respirar o mesmo ar que ela. Ela tinha segurança. Mais do que isso, ela tinha total segurança de si. Mas ela não sorria, apenas mantinha sua expressão fechada. Seus olhos duros sobre cada rosto que a olhava com surpresa e cochichava algo com a pessoa ao lado.
A segurança estava ali, mas ao mesmo tempo seu coração estava fechado. Ela encarou todos aqueles que faziam questão de humilhá-la em outros tempos, e não desviou o olhar até que eles o fizessem. Alguns sentiram um frio na espinha. Cogitaram na possibilidade dela estar armada, e de que todos morreriam devido à sua vingança.
Aqueles longos passos em direção à sua mesa foram seguidos pelos olhares de espanto, por hipóteses absurdas e dúvidas de todos os tipos. Mas quando se sentou, sorriu de forma sarcástica, quase como se achasse a situação uma piada. Abriu seu caderno e começou a anotar o que havia no quadro.
Estava um pouquinho orgulhosa. Transformou anos de desrespeito em temor em apenas alguns segundos. Sabia muito bem que medo não era igual a respeito, mas pela primeira vez em muito tempo, sentiu-se superior a todos aqueles rostos que tanto a fizeram chorar quando ela não passava de uma “boa garota”.


Não sei o que deu em mim, mas quando a inspiração bate, não têm como ignorar. Haha

Créditos da imagem: http://www.depoisdosquinze.com/



sexta-feira, 20 de maio de 2011

Troubles? Forget me!


Estou atolada. Ou melhor, estou cansada, exausta, sentindo o peso do mundo sob minhas costas (notem o drama exagerado). Estou roendo as unhas antes intactas, perdendo a paciência que não tenho e encontrando a sabedoria que nunca cogitei ter, ou ser capaz de usá-la.
Mesmo assim, me sinto usada. Um mero objeto que trabalha para o benefício de outros. Pior do que isso, um objeto mudo. Incapaz de manifestar toda sua indignação para não causar uma possível, dramática e exagerada 3ª Guerra Mundial interna.
Estou desejando uma dose fora do normal de ousadia e perspicácia. Coragem também não me faria mal, assim como um belo e alto: “DANE-SE, ENTÃO!”.
Gostaria de saber como seria se não me importasse tanto. Se fosse desleixada o bastante para deixar para a última hora e ainda sim me sentir no direito de tomar as decisões que eu quisesse, quando estas tinham a ver com a minha vida. Bem, no caso não seria apenas a minha vida, mas...Ah, quem liga? Queria fazer minha parte, jogar em cima da mesa e dizer: Virem-se.
Queria? Queria nada. Ser egoísta e irresponsável não faz meu perfil. Não conseguiria ficar apenas observando os outros se matando de trabalhar por algo que também dizia respeito a mim. Eu me sentiria, no mínimo, inútil. E Deus é testemunha do quanto odeio me sentir inútil.
O que eu queria mesmo eram algumas horas de esquecimento. Problemas, trabalhos, intrigas...Me esqueçam! Seria apenas eu e minha tranqüilidade, só por algumas horas. E que nessas horas de esquecimento fossem incluídas conversas com a melhor amiga, as brincadeiras com o colega do fundão, as piadas engraçadinhas da palhaça daquela amiga antiga, os beijos saborosos do primeiro amor, os flertes daquela gracinha de garoto do outro lado da sala.
Quem eu quero enganar? Eu quero aquele tempo de volta. Queria os momentos inesquecíveis, os amigos queridos, as paixões platônicas, os rolês de índio que só a gente conhece. Queria tudo isso de volta só por algumas horas, talvez alguns minutos, eu toparia até mesmo por um momento. Apenas um momento, até que finalmente eu pudesse respirar fundo, abrir os olhos, levantar a cabeça e encarar pra valer tudo que viesse pela frente. Porque daí eu saberia que a minha vida não se resume apenas àquilo.
Eu saberia... Eu saberia?
Eu sei.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Eu sonhei um sonho


Ando sonhando demais. Ontem mesmo me dei de presente 20 minutos a mais na cama para poder voltar ao sonho gratificante que tomou conta da minha noite. O sono ainda forte ajudou a voltar para a mesma cena da qual havia sido interrompida antes do som de “Three little birds” ecoar pelo quarto naquela manhã de quarta-feira.
Era como se eu tivesse entrado na cena do quadro pendurado em minha parede. Lembro de meus sorrisos, lembro da alegria que senti, lembro até mesmo da trilha sonora, composta por alguma música que eu deva gostar muito.
O sentimento de liberdade estava tão presente! E nem era um daqueles sonhos em que eu parecia voar entre as estrelas. Meus pés estavam firmados no chão, minha mente estava paralisada de emoção. Era quase como se eu sentisse a brisa daquela cidade, como se ouvisse as gaivotas, as ondas do mar, o riso dele.
Quem é ele? Nem eu sei, colega. Mas parecia ter uma habilidade inacreditável de me fazer rir. Talvez só mais um de meus imaginários amores ideais. Em sonho, todos eles são exatamente como desejamos. Aposto que o moreno dos meus sonhos era ótimo de papo, tinha uma consciência ecológica, era esperto, engraçado, romântico. Não importava. Meu foco não estava exatamente nele.
Eu ainda estava presa ao lugar. Por que me fascinava tanto? De repente, o desejo de estar ali aumentou. E olhe só que alegria, eu estava mesmo! Não era demais?! É claro que era, até Bob Marley mais uma vez ecoar pelo quarto, despertando-me de meu sonho incrível.
Mas logo que levantei, a confusão tomou minha mente. Com o que foi que eu havia sonhado, afinal?
Mesmo sem saber ao certo o que haviam sido aqueles breves momentos em meu sonho, levantei desejando voltar a ele. Me contentei em apenas manter o sentimento de animação que ele havia me trazido.
Mas se quer saber a verdade, estou me perguntando até agora: “O que foi aquele sonho?”. Ele não fez sentido, mas me fez um bem danado.

domingo, 15 de maio de 2011

And I'm still trying change my ways...WHY?

Tem vezes que sou louca por uma mudança. Vezes em que bate uma vontade louca de mudar minhas roupas, meu cabelo, minha rotina, minha vida em geral. Ás vezes a vontade de mudar é tanta que considero a ideia de mudar a mim mesma. Isso mesmo. Deprimente? Ah, nem tanto. Vou admitir, tem dias que nem eu mesma me suporto. E não, não sinto orgulho disso.
Isso acontece naqueles dias em que tenho vontade de jogar tudo pro alto, desligo o telefone, me desconecto das redes sociais, sumo. Viro uma completa antissocial, morrendo de vontade de pegar um ônibus que me leve a qualquer lugar novo, diferente. Aliás, tenho uma vergonha tensa de morar em São Paulo e não conhecer quase nada. Eu nunca sequer fui ao Masp. Coisa que está na minha listinha de visitas, não esquentem!
O problema dessas minhas repentinas vontades de mudar são, provavelmente, minha impaciência e o sentimento de dependência que ando sentindo desde que completei meus 18 anos. Ainda me sinto uma adolescente surtada quando, na verdade, desejava já sentir na pele o amadurecimento, as grandes conquistas, o sentimento de liberdade (por menor que seja ás vezes). Acho que gostaria de estar me sentindo um pouco mais adulta e menos infantil. Tudo bem, fico no meio desse mix de sentimentos.
Acabo de pensar que devo ter nascido já com pressa. Não que eu goste de ser assim. Adoraria ser mais calma, paciente, compreensiva. Acontece que no meio de todos esses adjetivos, fico sempre em cima do muro. Quando desço desse muro, sou, como diz minha mãe, oito ou oitenta. Exagerada. Exagero que, creio eu, é companheiríssimo da pressa.
E não há discurso de “aceite-se como você é” que me faça mudar de opinião. Tudo isso porque eu ainda tenho sérias dúvidas sobre quem eu sou. Outra coisa que gostaria de já ter resolvido até os 16 anos mais ou menos. Tremenda ironia, já que sou super apressada, certo?
Bem, mas acho que ninguém ao certo tem uma ideia formada sobre si mesmo. Cada dia da nossa vida é uma nova descoberta, não é? Um dia dizemos que detestamos sertanejo e no outro não paramos de ouvir. Acreditamos detestar peixe e de repente descobrimos gostar do gosto de sardinha. Nem consideramos a ideia de ouvir por um segundo sequer Michael Bublé, e no momento seguinte não paramos de ouvir a mesma música do sujeito. Coisas desse tipo me fazem lembrar da frase que sempre pareceu definir minha vida (e vocês até podem ver em algumas das minhas postagens antigas): “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.”.
Talvez eu seja assim mesmo. Por vezes romântica, outras antissocial, eventualmente surtada, ligeiramente medrosa, super corajosa, decidida, com dúvidas. Ás vezes sou tudo e mais um pouco, outras vezes pareço não ser nada. Por vezes sou super legal, mas quando dou pra ser chata saia de baixo! Intelectual e preocupada com as causas importantes, desleixada e nem aí pro que rola em volta.
Sei lá, eu sou simplesmente assim...Indefinível.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Outono ...

Eu amo o Outono. É uma das estações mais inspiradoras que existem para mim. Deve ser por isso que toda vez que começo a escrever uma nova história ou um novo capítulo, a situação se passa exatamente no Outono. A tranqüilidade e o charme da estação me encantam. No verão, o calor está tão elevado que mal consigo dormir ás vezes. O frio é cheio de exageros, o tipo de clima que deixa meus dedos com um grau de dificuldade intermediário para escrever algo no papel e que congela meus pés, que só esquentam mesmo depois de um par de meias (e como odeio dormir de meias). A primavera é uma beleza, mas o calor é igual ao do verão. Se eu não apreciar o céu extremamente azulado e sem nuvens com uma árvore repleta de flores, a primavera passa a ser apenas uma época muito quente para mim. Mas o Outono tem algo a mais. A cena de um parque cheio de folhas caídas no chão enquanto o vento as leva para longe é reconfortante. Bem, infelizmente não é bem o que visualizo em minha realidade. Na verdade, desde o começo da estação, a única cena que vi ligada a essa que acabei de descrever foi em algum filme romântico protagonizado por Keanu Reeves (ele não é nem de perto meu ator preferido, mas relevemos). O mais perto que cheguei a ver de características do Outono foram as chuvas fortíssimas que chegaram a São Paulo há alguns dias atrás. O que não me deixa muito animada com a estação, como fico quase sempre. Mas o que posso fazer? Internamente, meu desejo é passar uma bela temporada de Outono em meu lugar preferido do mundo todo: San Francisco – Califórnia. Parece estranho meu lugar preferido ser um lugar que eu ainda não conheça, mas eu não posso evitar. Há algo naquela cidade que me encanta (e nem estou falando dos baixos índices de criminalidade). Não me levem a mal. São Paulo é uma boa cidade (tirando muitos fatores negativos). Mesmo assim, querendo ou não, sou meio romântica e ás vezes me imagino vivendo em cenários românticos, mesmo que por um mês, uma semana, um dia. Fazer o quê, a culpa é da televisão, de todos os livros românticos em minha prateleira e dos meus próprios personagens me fazendo inveja em minha cidade preferida, em minha estação preferida.


P.S: A nova imagem de fundo do design do blog me inspirou... Haha

sábado, 26 de março de 2011

I think I fell in love


Acho que nunca vou cansar de dizer o quanto a vida é irônica! Há alguns dias atrás, estava definitivamente desapaixonada, com aquele sentimento de liberdade amorosa que só se tem quando não há ninguém especial que te faça sentir coisas esquisitas e ao mesmo tempo, boas.
Não vou dizer que isso é totalmente ruim. Bem, por motivos que desconheço, sentimentos como esse que estou sentindo me inspiram a escrever, mesmo bobeiras...Sem ligar para como o texto vai sair. Eu simplesmente digito todas as palavras que circulam minha cabeça e tatuam meu coração (Wow, eu disse isso?!). Mas isso não é grande novidade. O amor é a fonte de inspiração de grandes escritores em praticamente quase todas as décadas (bem, e por que não todas as décadas?). Espera, amor? Não deve ser tão profundo. Uma paixãozinha, talvez. Ou atração. É, atração, com certeza.
Mas eu me sinto atraída por muitos caras. Isso não quer dizer necessariamente que eles me inspirem. São pequenos e insignificantes momentos em que eu aprecio a beleza externa de um homem, sem grandes sentimentos, sem a pulsação acelerada. Entretanto, não foi isso que me inspirou neste momento.
Eu senti ciúmes, senti alegria ao vê-lo, sorri só pelo fato dele sorrir, escrevi um poema sobre ele... HÃ?! É, eu estava totalmente embasbacada. Do que me recordo, o único poema que escrevi em toda a minha vida tinha a ver com o desprezo que os alunos têm pela escola, que, diga-se de passagem, ficou bem engraçadinho.
Então, toda aquela base segura que eu tinha de “Ei, não preciso de um amor agora!” sumiu. Eu saí da minha bolha gigante e imaginária de proteção contra relacionamentos e fui atingida pelo vírus da paixão (e eu repito: HÃ?!). Viu só? Estou até criando frases bregas!
Vou te contar, quando o bichinho pega, ele pega de jeito. Mas gostar justamente desse cara é mais complicado do que deveria. Dá medo. Travei uma guerra entre o que é moralmente aceitável por todo mundo e entre o que o meu coração manda. Agora fico pensando que seguir a razão o tempo todo é tão...Irritante! E o pior: necessário. Mas é tão irracional tratar o amor com a razão! Não há razão...
E lá vou eu com a palavra “amor” de novo. Mas em toda paixão tem um pouco de amor. Eu guardo um amor especial. O amor de Deus, aquele que me impulsiona e que move montanhas. Eu o amo em Cristo, assim como amo todas as pessoas que me cercam. Mas não posso negar: É diferente. Dá um frio na barriga. Dá ciúmes, me faz ser irracional, me faz escrever poemas e faz eu me apaixonar. Faz-me querer arriscar. Desperta um instinto aqui dentro de lutar pelo o que eu quero, por mais que eu esteja arriscada a perder a batalha algumas vezes.
Apesar disso, não sei se sinto falta da minha bolha de proteção imaginária. Encarar esse mundo mágico de possibilidades e alegrias é excitante, emocionante, curioso. É enxergar novas perspectivas de uma vida que parecia destinada à mesmice. Não sei bem até onde isso vai, não sei se semana que vem meu sentimento terá diminuído ou aumentado. Mas se é pra aproveitar, vou à luta até que me acabe todas as esperanças. Sim, porque embora o ânimo desapareça algumas vezes, ele sempre acaba voltando.
Não há jeito de eu desistir do que quero. Perdendo ou ganhando, vou arriscar. É automático, tenha certeza disso.

sexta-feira, 25 de março de 2011

2012, pfff...


Não entendo essa necessidade mórbida do ser humano inventar desastres que causarão o fim do mundo.
O Calendário Maia, As profecias de Nostradamus, a aparição de um “planeta” denominado “Planeta X”.
Pensando por outro ponto de vista, parece que estamos tentando passar a bola da culpa da destruição do planeta para determinadas culturas e previsões sem precisão. É o mesmo que culpar seres de outros planetas pelo caos que nós causamos.
Para mim, o único fator racional que nos levará à destruição é simples: Nós mesmos. E não há 2012 que mudará isso.
O homem utiliza os recursos naturais da Terra mais do que o planeta possui. Além disso, polui, mata e apesar de ser o responsável por grandes invenções, também é responsável pela criação de ameaças ao planeta e, adivinhem, a si mesmo! Ou seja, somos ligeiramente autodestrutivos!
Se fôssemos observados por criaturas extraterrestres, não demorariam a concluir que nossa natureza é destruir nosso habitat natural. Triste, não?
Mas o fato de nos acharmos a última cereja do bolo do Universo nos faz jogar o famoso “Jogo da culpa”. Afinal, é muito mais fácil culparmos o calendário Maia.
Vejamos qual será a próxima desculpa quando o dia amanhecer em 22 de dezembro de 2012.

sábado, 19 de março de 2011

Go ahead and LIVE!


Sempre procuramos a felicidade em coisas grandes. Por muito tempo pensei dessa maneira, esperando ansiosamente que chegasse o tempo em que as coisas tomariam um outro rumo naturalmente e, assim, tudo mudaria. Chegaria certo momento em que tudo o que eu planejei e fantasiei em minha cabeça por anos se tornaria realidade, de um jeito ou de outro. Em minha mentalidade de garota de 13 anos isso fazia sentido.

Outro dia estava lendo uma matéria antiga na revista Veja sobre 2012. Nela havia um foco especial no pesquisador Patrick Geryl. O cara apostou sua vida em uma hipótese (que para ele é mais do que isso, aparentemente) e anda trabalhando arduamente em uma espécie de “abrigo” subterrâneo que suportará as supostas catástrofes reservadas para 21 de dezembro de 2012. Quando perguntado pelo jornalista sobre o que ele faria se 22 de dezembro amanhecesse como uma manhã qualquer, sem catástrofes, ele respondeu da seguinte maneira: “Não existe essa hipótese”.

Engraçado, mas eu me vi nesse cara. Bem, não exatamente pelo fato de acreditar fielmente que em 2012 acontecerá o fim (o que, sinceramente, não acredito). Mas eu, assim como ele, não lidava com outra hipótese. Não haveria jeito de a minha vida ser diferente do que eu planejei para mim mesma. E se me perguntassem “E se não for?” eu também diria “Não existe essa hipótese”.

Essas singelas voltas ao tempo me fazem pensar muito sobre o que eu tinha na cabeça. A visão perfeitinha da minha vida. Eu ansiava tanto pela vida que criei e planejei para mim mesma que acabei me esquecendo de aproveitar os pequenos e simples momentos. E como se não bastasse, eu havia voltado a pensar da mesma forma há 2 dias atrás.

O ruim de ter tudo tão planejado desde os seus 13 anos é que um dia, quando você acorda e se dá conta de que nada daquilo aconteceu, você se sente um lixo. Mais do que isso, senti uma impaciência tremenda, daquelas que dá vontade de jogar tudo para o alto e seguir o rumo que for só pra deixar de lado aquela monótona rotina. E pode acreditar, a odiadora de rotinas aqui é a Srta. Rotineira (um título do qual não me orgulho muito).

Bem, é mais do que claro que o passado não pode ser mudado. A sensação péssima de impaciência, frustração e decepção, talvez. Coloquei os pés no chão e a cabeça no lugar, aproveitei e continuarei a aproveitar os simples, hilariantes e meigos momentos da minha vida, por menor que sejam. Acordarei toda manhã sem pensar no que eu tenho que fazer depois de amanhã. Tomarei um sol, passearei com minha cachorra, olharei para o quadro de New York pendurado em minha parede, dançarei em frente ao espelho como uma louca, irei cantar canções em inglês e por mais desafinada que possa parecer me sentirei uma DIVA, todos os dias. Por que não? A vida é realmente feita de momentos. O emprego, a viagem e o homem dos meus sonhos virão, sim. Mas até lá vou viver. O amanhã? Bem, ainda não planejei.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Eu nunca mais me apaixonei...


Eu nunca mais me apaixonei. Isso é normal? Há uma regra que diga que não se apaixonar por um ano inteiro faz de você incrivelmente fechada para o mundo e para todos os sentimentos bons que uma paixão boba pode trazer?
Eu nunca mais me apaixonei. Pelo contrário, me desapaixonei, principalmente de todas as paixões platônicas acumuladas há um bom tempo. Também fui chamada de ‘encalhada’, acusada de ‘não saber o que é amar’.
Talvez eu esteja errada. É, quem precisa esperar a pessoa certa no momento certo? Aliás, quem precisa parar de esperar e deixar acontecer? Certo, eu tenho que correr atrás dos caras, afinal, eu não quero ser chamada de ‘encalhada’ e acusada de não saber o que é amar. Eu posso até ficar com o primeiro que aparecer, já que o mais importante é o que as pessoas têm a dizer sobre a minha vida pessoal e não o que eu sinto ou espero do futuro, certo?
Ei, tive uma ótima ideia! Que tal abrir mão de toda a minha auto-estima, amor próprio e dignidade e dar tudo isso de bandeja para o primeiro que estiver disposto a pisar em tudo isso?
Eu nunca mais me apaixonei. Não, eu tive pequenos e insignificantes momentos com pessoas que agora desconheço. Momentos tão “inesquecíveis” que acabei esquecendo. Então, seria mesmo a maior babaquice esperar por alguém que tornasse os pequenos momentos eternos.
Seria? A paciência deixou de ser uma virtude assim, tão rápido? O amor virou fichinha perto da paixão do momento? Lady Gaga na verdade é um homem?!
Talvez eu esteja errada. Meus conceitos devem ser muito arcaicos. Eu devia pegar o primeiro ônibus para a Paixãolândia e ficar lá por belos 5 dias, me apaixonando por todos os caras que me beijaram, para logo depois voltar para o mundo real cheia de cacos de vidro no coração. Vocês sabem, muitas paixões...Um coração apenas para ser quebrado tantas vezes.
Espera, errada? Será mesmo?
Eu nunca mais me apaixonei. E daí? Meu coração entrou com merecidas férias, quando valer a pena, ele vai voltar. Pra quê a pressa?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Selo - O QUE TE FAZ SORRIR?

Sim, sim! O Break OUT! recebeu um selo do blog http://obolsista.blogspot.com/
Obrigadão ao "O Bolsista". Fazia um bom tempo que eu não ganhava selos (hoho :P). Pois bem, vamos lá:

Regras:

1--Colocar a imagem do selo no blog;
2-Linkar no blog que te indicou o selo;
3-Responda: o que te faz sorrir?
4-Indique algum(s) blog(s) para ganhar o selo;

O que te faz sorrir?

Na minha vida? Uau, um montão de coisas. Minha família e amigos maravilhosos, escrever, Toddy. Mas o mais importante de todos os motivos: Saber que tem um Deus que me ama e me aceita assim, do jeitinho que eu sou.

Indico:

Nova Quahog
ooh- mygod - Soltando o verbo

Unicórnio de pano

E, passo para meu querido "O bolsista" novamente. Como diria minha amiga, Duda: Blog MUITO MASSA!



:)

EIGHTEEN YEARS, baby!



Uau, o tempo passou que nem um louco!
A garotinha de 12 anos escondida atrás do mundo mágico da Barbie cresceu, jogou as bonecas fora (tudo bem, doou) e tomou seu rumo na jornada que chamamos de vida (adoro essas frases clichês).
No meio do caminho encontrou um montão de espinhos. Alguns cobertos com ouro, parecendo preciosíssimos. Mas ao tocá-los, teve vários cortes. Alguns foram profundos. Chegaram a tocar seu coração. O ouro desses saiu do nada. Não havia mais preciosidade, agora eram só espinhos, doidinhos para cortá-la novamente.
Ela seguiu em frente e apaixonou-se. Apaixonou-se por um garoto, apaixonou-se por vários lugares e mais do que isso, apaixonou-se por seus maiores sonhos. O garoto foi embora, os lugares permaneceram em sua cabeça em forma de lembrança, mas os sonhos ficaram ali, quietinhos, intactos.
O caminho ficou estreito diversas vezes. Em algumas delas ela olhou para trás e pensou em desistir. Depois, olhou para frente novamente, e lá estava o sol. Em sua cabeça, aquela cena foi acompanhada com a leve melodia de Here comes the sun, dos Beatles. Tudo ficou melhor. Ela seguiu em frente, afinal, tinha uma mala de sonhos para descarregar em algum lugar. O lugar que ela tanto procurava. Seu lugar ao sol, talvez?
Ela chorou e se alegrou, aprendeu e sofreu, caiu e se levantou. Alguns machucados deixaram cicatrizes, outros foram curados com o tempo. Ah, o tempo, seu grande amigo. Era ele que curava todas as suas mágoas. Ele a fez mudar. Já não era mais a garotinha do começo de sua jornada. Era quase uma mulher.
As dificuldades sempre estavam ali, escondidinhas em algum lugar esperando assustá-la. Mas sempre que a abordava, ela estava sorrindo, com a poderosa esperança de que sempre tudo ficaria bem, ciente de que depois da tempestade sempre vem a calma.
E de repente, no dia 8 de fevereiro de 2011, lá estava ela diante da placa: "Maturidade", agradecendo a Deus por ter alcançado mais uma fase de sua vida e dando adeus ao tempo de criança.
E lá estava eu...

sábado, 29 de janeiro de 2011

From ME to YOU


2010 foi o melhor ano, no quesito escola, da minha vida. Por quê? Tudo graças a essa galerinha do mal aí. E podem acreditar, não foi uma galera que eu havia conhecido no meu primeiro ano, não. A galera foi formada por pessoas que eu só vim a conhecer melhor no meu último ano e também por aquelas que têm se mostrado especiais na minha vida desde que eu pisei os pés no Zenaide.
Depois de um 2º grau complicado, rodeada por pessoas que não queriam muito o meu bem e nem o de minhas amigas, em 2010 me vi cercada por pessoas maravilhosas, que me faziam pular da cama sem pensar a cada vez que o celular despertava às 6:00 da manhã. E mais, pessoas que me faziam sorrir e ver o lado mais lindo da vida, mesmo em momentos difíceis.
E foi através delas que perdi meus medos, dei um chega pra lá na timidez e comecei a falar o que eu pensava. Entendi o verdadeiro significado da amizade (por mais clichê que isso possa aparecer).
Conheci pessoas, liderei grupos, mobilizei a galera na luta pelo o que era importante para todos os alunos e, pode acreditar, fiz acontecer ali! Espera, eu? Não, não. Todo mundo fez acontecer.
Nós éramos a galera que levava tudo numa boa. Fazíamos piada, sim! Doa a quem doer, éramos os mais animados e felizes dali. Falávamos o que pensávamos e não nos encaixávamos em panelinhas (mesmo sendo rotulados o tempo inteiro).
Eu sempre soube que podia contar com essa galerinha aí. Por quê? Era tudo muito sincero, sem jogo de interesses, sem maldade. Tivemos nossos problemas? Claro que sim. Nunca fomos perfeitinhos. Aliás, WeHatePerfectPeoples!!! Mas no final, a união e o valor da amizade sempre falou mais alto que o orgulho.
Agora aqui estamos nós, formados, firmes e fortes. 2010 já passou. Iniciamos ao mesmo tempo uma nova fase em nossas vidas, mas uma coisa eu nunca esquecerei:

3º B eu AMO VOCÊS!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Sonhe até que seus sonhos se REALIZEM


Sonhos. Todo mundo tem, por mais louco ou insano que possa ser. Eu mesma sou um poço ambulante de sonhos. Coisas que imagino todas as vezes que deito para dormir e até mesmo quando passeio com a Princesa (minha cachorra). E meus sonhos não são pequenos não. Neles passo de uma garota normal, da qual as pessoas não esperam muito, para a mulher ousada e sagaz que viaja pelo mundo e adquire todo o conhecimento que pode. Tudo bem, ás vezes também sou uma cantora com uma voz incrível e um programa de televisão (é culpa da TV a cabo). Acontece que eu simplesmente não consigo parar de sonhar.
E fala sério, quem consegue? Tudo porque o ser humano é uma máquina descontrolada de desejos. A cada vez que cumprimos um objetivo, outro desejo mais elevado toma o poder de nossas vontades.
Mas, é lógico, não pense que tudo irá cair do céu. Sonhos são apenas a base. Pra se chegar lá é preciso muito esforço, trabalho duro, e às vezes, algumas lágrimas também. Os obstáculos? Enormes. A inveja e a negatividade tentarão nos atingir a todo o momento, e às vezes conseguirão. Mas você sabe como é, quando caímos, temos que levantar. E quando levantamos, ficamos mais fortes, adquirimos experiência e seguimos em frente.
É um dos ciclos naturais da vida. Se você cai, você levanta. A regra é clara. Continuar no chão se lamentando e pensando em como teria sido é perda de tempo.
Então, sonhe. Sonhar não é para os fracos, como dizem alguns. Muito pelo contrário. É para os fortes que lutam, caem, levantam e seguem em frente à procura do maior sonho de todos: o de ser feliz.


OBS: E lá estava eu lembrando do episódio de Glee que assisti essa semana, onde Matthew Morrison cantava Dream on do Aerosmith junto com Neil Patrick Harris, e pensei: "Hum, Dream until your dream comes true… Boa frase pra um título de post, não?"