segunda-feira, 7 de junho de 2010

"O homem é o lobo do homem..."

No reino animal, há a distinção de predador e presa. O leão, por exemplo, grande predador, tem como presas animais como javalis, zebras e antílopes. Já parou pra pensar qual é a presa do homem?
Ouvindo uma música da Pitty, minha irmã e eu começamos a discutir sobre ela. “O lobo” é uma música que eu já escutei milhares de vezes, mas só fui refletir na letra há alguns dias atrás.
Vendo e vivendo o que há no mundo, como violência, corrupção e homicídios, podemos concluir que a música de Pitty tem toda razão. O homem é o predador do próprio homem.
O ser humano tem uma necessidade muito estúpida de acabar consigo mesmo. Não há mais aquela de “todos somos pessoas”. Por acaso um serial killer pensa nisso antes de matar suas vítimas?
O que leva um ser racional a cometer atos tão desumanos? Onde está a humanidade de alguém quando podemos ajudar, mas não ajudamos? Ou quando cometemos o horrível ato de matar? Afinal, não é isso que nos torna seres racionais.
É racional fazer uma guerra sem pensar nas milhares, e até milhões, de pessoas que morrem por causa dela? Conflitos por terras, dinheiro, poder. Isso cega uma pessoa de forma impressionante. É triste ver a decadência de uma espécie que poderia ser tão nobre. Somos distintos precisamente por causa de nossos maus atos, e nós nem sequer podemos vir com a desculpa de que, sei lá, alguns tubarões comem suas próprias espécies. Você não vê um tubarão de terno e gravata dirigindo ou criando sites de pesquisa, vê?
Basta uma olhada mais atenta à nossa volta, e tudo parece o começo do fim. Evoluir está mais para retroceder. O famoso “Olho por olho” é a prova exata disso. Um insulto no trânsito, por exemplo, e já voltamos 10.000 anos a.C. Ironicamente, ainda nos sentimos grande coisa. A tal da última cereja do bolo do Universo. Quando, na verdade, estamos atacando uns aos outros, sem motivo justo ou inteligente. Não há paz sem sabedoria, assim como não há guerra sem ignorância.
E pensar que a única coisa que consegui aprender em filosofia em 3 anos faz todo sentido agora: “O sábio sabe que não sabe, mas o ignorante não sabe que não sabe”.
E você? O que prefere ser: O sábio que cultiva a paz, ou o ignorante que, enquanto cultiva apenas o ódio, se transforma no predador de si mesmo? Pense nisso.

"Sempre em busca do próprio gozo
E todo zelo ficou pra trás
Nunca cede e nem esquece
O que aprendeu com seus ancestrais
Não perdoa e nem releva
Nunca vê que já é demais."


Pitty - "O lobo"

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Vai ser feliz e me esquece!

Tudo bem, não sou do tipo super feminista, ou daquele tipo que é a primeira a apontar o defeito dos homens. Longe disso, mas tem algo neles que me irrita profundamente. Não em todos eles, claro. Acredite, ainda estou em busca de um que seja diferente. Aquele que nós, meros mortais, intitulamos como “amor da nossa vida”.
Mas voltando à parte do que me irrita nos homens...Bom, eu não sei explicar bem. Noite passada recebi a ligação de um ex-ficante, com quem não falo há, sei lá...Uns 3 meses? Que seja! O fato é que eu realmente estou dando um chega pra lá no meu passado. A ligação dele me estressou. Antes de tudo ele era um amigo querido, depois, fiz a besteira de tentar o tal do “algo mais”, pra ver se funcionava. Acho que deu pra perceber que não funcionou. Óbvio que eu não sou fria nem nada do tipo. Destruidora de corações? Quero passar longe disso. Mas atitudes simples como dar o fora no carinha mala com quem você ficou duas vezes estão fazendo de mim uma garota “ruim e sem sentimentos” (pelo menos é isso que ando escutando ultimamente). Claro que, como eu disse no post anterior, eu não ligo muito pro que os outros dizem. Não são eles que pagam minhas contas, são? Aliás, tenho que dizer: o comentário do “Vinhu” no post passado foi show: “Melhor remédio pra vida: Activia + Johnnie Walker = Cagando e andando pro que os outros falam!”
Ta, já sei! Fugi do assunto de novo. Foi mal.
O que me irritou de fato foi ele cobrar explicações minhas depois de tanto tempo. Do tipo: “Seu celular estava quebrado mesmo? Você ta com a nota fiscal aí?”. Ah, e risadas de ironia e súbitas compreensões (sério, acho que o individuo teve uma epifania e esperava que eu lesse a mente dele pra saber porque ele ria feito um debilóide) não ajudaram a amenizar meu mau-humor daquela ligação. Depois de tanto fugir do assunto, enrolar e enrolar, optei pela verdade de uma vez por todas: “Olha, você não é o tipo de cara com quem eu iria me relacionar mais seriamente”. Acho que depois dessa ele se tocou (espero) e se despediu todo sem graça. E em minha defesa, eu digo que eu até que fui boazinha. É, eu nem mencionei o fato de que ele não é nada meu pra me exigir explicações, e também não disse coisas do tipo: “Me esquece, filho!”, como eu sei que muitas amigas minhas fariam sem dó ou piedade.
“Destruidora de corações”, “Heartbreaker”, “Ruim e sem sentimentos”? Sei lá. Só sei que é melhor uma verdade que dói do que uma mentira que conforta (é, o Google filosofa por mim algumas vezes).
Resumindo, o que me irrita num homem está relacionado aos seus joguinhos que muitas vezes não levam à lugar algum, suas cobranças sem sentido, suas súbitas epifanias ao telefone, que levam à risadas nervosas, do tipo “Ata, levei um fora” e à eles ainda acharem que se alguém lhe der um fora, é porque é uma garota metida (prefiro o termo “difícil”). Claro que também não gosto muito quando eles não tem atitude, mas isso quando eu realmente estou afim deles, ou seja, história pra outro post. Até lá!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Deixe que digam, que pensem, que falem...


Acho que passei quase que toda minha pré-adolescência e adolescência preocupada demais com tudo o que os outros diziam ou pensavam sobre mim. É estranho como alguns de nós podemos sentir tanta necessidade de agradar aos outros, e pra quê mesmo?
Eu passei a tarde inteira me perguntando isso. É, isso aí: O caminho da escola, enquanto limpava a casa, passeando com minha cachorra e agora. Sério, eu não consegui achar uma resposta que valha a pena. Quem me conhece sabe que eu detesto remexer no meu passado. Hoje várias coisas dele vieram à minha cabeça. Suspeito que deve ter sido um daqueles momentos raros (pelo menos pra mim) em que você analisa a si mesmo: Como você era e como está agora. Fiquei feliz em concluir que estou bem. Ou melhor, ótima! Claro que, posso até dizer que coisas do meu passado me condenam. Era mico atrás de mico e muita, muita preocupação com o que diziam, o que achavam e o que faziam comigo.
É meio chato saber que perdi todo o ensino fundamental com algo tão idiota, mas eu devo ter aprendido. Sim, porque suponho que todos os erros que cometemos nos levam à, sei lá, o caminho certo, de repente. Aquele caminho certo que te muda e te evolui. Chega até a ser engraçado quando aquelas pessoas do seu passado te vêem e dizem: “Nossa, como você ta diferente”, ou simplesmente te olham meio abobados ou surpresos.
Eu diria que o que me mudou de verdade foi meu conceito. É, segurança é tudo mesmo (talvez quase tudo). Eu que o diga, já que percebi que muita gente não gosta de mim pelo meu humor exagerado, minhas piadas sem graça mais com graça, meu sorriso inabalável, minha vontade de aprender e do principal: minha alegria de viver.
Talvez, há uns 4 anos atrás, essa seria a minha descrição de uma realidade totalmente paralela, mas observando bem...Ela iria chegar mais cedo ou mais tarde, e chegou. Não importa o que digam, ou o que acham, não importa se eles só vêem os seus defeitos. Como dizia minha mãe na época em que eu não acreditava muito nisso, se você não gostar de si mesmo, então quem irá gostar? É, o que posso dizer? A coroa estava certa.

mãe, te amo muito!!!