quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Liberdade na nova geração


Nada é mais como há 20 anos. Em todo o momento somos bombardeados de novas informações. Criou-se uma consciência maior com o meio ambiente e certa dependência em estarmos sempre conectados nas redes sociais. A geração ganhou até nome, a chamada "Geração Z". Comparada às gerações passadas, respiramos liberdade ao mesmo tempo em que nos sentimos presos a uma sociedade cujo jovem é visto como o futuro da nação.

O Estatuto da Criança e do Adolescente é claro quando determina que o jovem tem direito à cultura, ao lazer, à dignidade, ao respeito e entre tantos outros direitos, à liberdade. Mas o modo como esta liberdade é explorada é um assunto delicado. Soltar totalmente às rédeas é dar espaço para o descontrole da sociedade. Jovens são revolucionários? Claro. O futuro? Sem dúvida. Merecem autonomia, sim, assim como qualquer outro ser humano. Mas nessa fase da vida, onde são lidadas tantas questões que parecem definir todo o resto de suas vidas, a maturidade ainda está em fase de construção. A palavra "liberdade", que define o caminho por onde passam todas as escolhas de uma pessoa, deve vir sempre seguida de disciplina.

Porém, é preciso sempre analisar o limite entre disciplina e tirania. Investir em projetos de leis que façam as pessoas sentirem-se presas é assinar um atestado de desconfiança. Muitos não entendem a cabeça dos jovens. O que passará por ela diante de medidas extremas é basicamente "Não sou confiável o bastante para tomar minhas próprias decisões?".

Dessa forma, é preciso que entendamos que a proibição não é a melhor forma de tratar aqueles cujo futuro está em mãos. A melhor maneira de construir uma nação mais desenvolvida, segura e harmoniosa está no investimento justo à educação e à cultura, despertando a paixão pela revolução que o jovem tem nas veias. Deixando de tratá-lo apenas como outro qualquer e direcionando-o no caminho certo.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Expectativas, não espere por elas

John Lennon disse uma vez que a vida é o que acontece enquanto fazemos planos. E de fato, quem consegue viver sem planejar? Eu era adepta a esse clube. Ansiosa e super organizada até demais. Tinha dias que o simples fato de não riscar o calendário me incomodava. Algo fora do plano e eu enlouquecia, como se tudo tivesse ido por água abaixo. De uns tempos pra cá tenho aprendido a lição. E confesso, está sendo meio doloroso.

Sou daquelas que quando colocam algo na cabeça, inventa um mundo onde todas as possibilidades favorecem a tal coisa. Costumava ser divertido na 7ª série, quando imaginar minha vida daqui a dez anos era mais interessante do que vivê-la, de fato. Agora é complicado, frustrante e por muitas vezes decepcionante. Sim, meus caros. Eu falo dela: a expectativa.

Uma de minhas frases preferidas está na letra de uma canção da banda Paramore. “Mantenha seus pés no chão enquanto sua cabeça estiver nas nuvens” esteve em meu nickname do MSN por bastante tempo. A mensagem era inteligente, interessante e principalmente: um alerta. Claro que teimosa do jeito que sou ignorei o tal aviso por um bom tempo. Quem ligava? Era só uma frase em uma canção.

A frase fez todo sentido um tempo depois. Uma das piores coisas da vida é idealizar demais algo e logo depois decepcionar-se. E no final das contas, mesmo culpando o mundo inteiro por isso, o culpado é sempre você. Apenas você. Nunca me disseram, mas a imaginação apesar de não ter limites, deveria ter. E eu não digo isso de uma maneira melancólica, na verdade, sou totalmente fã da imaginação. O grande problema foi que eu simplesmente esqueci os limites. Faço isso às vezes. Fiz isso hoje.

Expectativas. Penso seriamente em tirar esta palavra de meu vocabulário, afinal, se você não joga não têm como perder, certo? E bem, se isso parece covarde ou deprimente, que seja. Nesse caso, prefiro dar razão ao Lennon. Por que não acreditar nesse simples e sutil estilo de vida? Parar de planejar tanto e começar a agir. Que tal?

Bem, talvez em algum momento da minha vida eu finalmente perceba que as coisas realmente acontecem quando devem acontecer. E talvez quando estas tais coisas acontecerem, eu esteja alerta o bastante para lembrar de “manter os pés no chão enquanto minha cabeça estiver nas nuvens”.