segunda-feira, 12 de julho de 2010

Grow Up!



Quando estava na 5ª série, eu e minha amiga Jacke só vivíamos murmurando que não víamos a hora de trabalhar. A verdade é que estávamos cansadas de sermos tratadas feito crianças. Queríamos ser independentes. Sem falar que a 5ª série, por melhor que tenha sido, teve lá seus momentos constrangedores e irritantes para ambas. Atire a primeira pedra quem nunca quis se livrar de um de seus professores ou daquele garoto chato que vive tirando sua paciência (eu que o diga, passei 4 anos aguentando um mala do tipo).
É estranho lembrar disso, comparando com o frio na barriga que sentimos agora que vamos realmente crescer. Porque, na verdade, se pararmos pra refletir, levamos uma vida de moleza. A 5ª série, apesar de seus altos e baixos, era fácil e divertida. Só tínhamos que lidar com um ou outro problema. Responsabilidade? Só nos preocupávamos com ela em relação à notas da escola e coisas do tipo.
De repente, o tempo foi passando e a vida foi ficando mais complicada a cada aniversário. Mas em nossas cabeças, complicada por causa de relacionamentos com a galera, com namorados e possíveis paixões. As matérias também foram ficando mais difíceis. A fração, tão fácil quando tínhamos 11 anos, tornou-se complicada e virou um montão de teoremas com mais um montão de fórmulas. A ciência se transformou em física, biologia e química. Eu particularmente preferia o tempo em que falávamos da teoria do Big Bang.
Quando percebemos, estávamos encanadas com diversas questões: Quem somos, o que vamos ser quando crescer, como amadurecer. Daí, a palavrinha que não significava nada antes passou a nos dar dor de barriga de medo: Vestibular.
Chegamos a um ponto em que as nossas escolhas parecem ser tudo ou nada. Isso amedronta uma pessoa. E por mais irônico que seja, acabamos sentindo saudades do nosso tempo de 5ª série. Aquele em que eu e a Jacke desejava mais do que tudo ter 18 anos e trabalhar.
Mas se quer saber, se olharmos o amadurecimento pelo lado do medo, aí nunca cresceremos de verdade. Como Paulo Coelho disse, por medo de diminuir, deixamos de crescer e por medo de chorar, deixamos de rir. Então, diga-me um motivo válido para continuar tendo medo e eu lhe direi dois para dar um pontapé de vez nele. Afinal, apenas uma fase de nossas vidas está acabando. Uma nova está prestes a surgir. Prontos ou não, é hora de encará-la. Transforme em algo positivo.