domingo, 9 de maio de 2010

Estereótipo clichê

Vira e mexe você vê um casal de gordinhos com magrinhos. Vê um homem fazendo a sobrancelha e provavelmente o acha gay. Acha que todo corinthiano é bandido. E deve ter se acostumado com os ideais que a sociedade implantou. Como por exemplo o julgamento precipitado que temos de algo ou alguém.
Acho absurdo alguém achar absurdo o fato de que duas pessoas de cores diferentes estão juntas, ou são amigas. E também o fato de que só as magrinhas e os bombados tem o direito de serem felizes, porque, aparentemente, eles são os bons! Ou que toda poesia é chata e de que todo cabeleireiro é gay.
Esse estereótipo todo com o qual convivemos é ridículo. Acho que as pessoas julgam demais e conhecem de menos. É como olhar para a capa de um livro e concluir que ele é chato porque tem muitas páginas. Pensando nisso, meio veio uma ideia na cabeça.
Um montão de coisas que um montão de pessoas fizeram durante toda a história passaram de algo legal, como quebrar uma guitarra depois de um solo incrível, a clichê. Quer dizer, acho mesmo que quebrar uma guitarra é meio ridículo. Não entendo bem do assunto, mas se a ideia é mostrar o amor pela música, quebrar uma guitarra não demonstra tanto afeto assim.
A ideia é nos desapegar de todo estereótipo que nos cerca. Um estereótipo pode não ser grande coisa em alguns casos, mas em outros gera muito preconceito e nos dá uma idealização errada de como devemos ser, ou como devemos agir diante de determinadas situações. Já parou pra pensar na quantidade de distúrbios psicológicos o estereótipo de que ‘todas as mulheres para serem bonitas devem ser magras’ causou em diversas mulheres ao redor do mundo? Ou, em casos mais extremos, o fato de que todo muçulmano ou árabe em um país estrangeiro é terrorista.
Será que não podíamos viver num mundo onde a diferença fosse o que nos unisse? Eu sei, pareço estar pedindo demais. O mundo está longe de ser um lugar cor-de-rosa, com famílias como a da Britney Spears no clipe “If U Seek Amy”. Aliás, é engraçado o fato desse clipe ser uma ironia que desmascara o padrão de vida americano dos sonhos (acredite, estou longe de ser uma fã de Britney Spears, mas é verdade).
Então, se possível, deixem de lado as ideias formadas sobre o que você não conhece, e os julgamentos precipitados e preconceituosos sobre aquilo que “não se encaixa” na sociedade. E se quer saber, no final das contas, todos nós queremos ser diferentes uns dos outros. Isso é fato. Ser igual é tão...Clichê.
.

P.S: Crédito das imagens ao Liberdade Portuguesa

sábado, 8 de maio de 2010

Brigando a gente se entende?

Estava eu esses dias ouvindo as histórias que uma amiga contava sobre suas brigas. Eu ri à beça, porque a forma como ela as contava era cômica, como se fosse mesmo uma piada. Em algum momento de nossa conversa, ela me perguntou se eu me envolvi na briga que outra amiga havia se metido, para que eu a defendesse e tal. Eu disse que não, pareceu meio absurdo pra ela (ou talvez seja coisa da minha cabeça).
O fato é que eu comecei a pensar nas atitudes que tomamos por precipitação. Eu nunca fui muito de briga. Na 7ª série, agüentava provocações e insultos calada, e sempre, por mais que eu ficasse quieta e na minha, eu era um alvo fácil. Depois da minha estadia no ensino fundamental, o ensino médio pareceu melhor. Talvez por causa de uma ou outra atitude segura que passei para as outras pessoas, ou talvez seja pelo fato de eu ter conhecido pessoas que não julgam uma amizade pela aparência. A 7ª série me fez ver a escola em que eu estudava como um ‘ninho de cobras’, em que eu era constantemente picada, mas sugava o veneno e agüentava o resto dos anos.
Agora, depois de ter um pouco mais de experiências e de estar mais segura comigo mesma, provavelmente eu não aguentaria um desaforo calada, mas sou totalmente adepta ao grupo de pessoas que acha briga algo idiota demais.
Pra começar, nós somos seres humanos. A nossa ‘humanidade’ nos diferencia de todos os outros seres. Por termos um cérebro capaz de raciocinar e uma boca apta para soltar argumentos, por quê é que insistimos tanto em usar a força bruta para conseguirmos resolver nossas desavenças? Pelo que eu sei, isso nunca resolveu nada, e nunca vai resolver, mas mesmo assim insistimos mais e mais. Como já dizia alguém muito esperto, “errar é humano, insistir no erro é burrice”. Sendo assim, eu teria mesmo que concluir que alguns de nós somos bur
ros?
Sei lá, mas provavelmente foi o que eu penso que me fez não me envolver numa briga que, pra começar, nem era minha. E pro
vavelmente, ao critério de várias pessoas da minha escola, eu arreguei, sou traíra e tudo mais. Bom, ainda bem que o que as pessoas pensam de mim não me afeta tanto assim. Além do mais, eu gosto de ser a garota que é contra brigas, afinal, violência só gera violência e consequentemente mostra o quão ignorante o ser humano pode ser, mesmo sendo humano.
Só sei que toda essa falta de bom senso nos leva de volta ao tempo das cavernas: “Olho por olho, dente por dente”...Uau, e eu achando que éramos evoluídos.